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Bolsa nacional recua influenciada pelo BCP, Altri e Sonae

O peso-pesado BCP é quem mais contribui para a queda da praça nacional, negociando abaixo dos 28 cêntimos – os títulos do banco perdem 1,48%, para 27 cêntimos, prolongando o movimento da sessão anterior, em que caiu 1,78%.
  • Benoit Tessier / Reuters
25 Maio 2018, 13h22

A praça lisboeta está a negociar em terreno negativo, a meio da sessão, depois de ter estado toda a manhã desta sexta-feira em alta. O principal índice bolsista nacional, PSI 20, recua 0,14%, para 5.653,96 pontos, influenciado pelas desvalorizações da Altri, Sonae e BCP. Com execção de Espanha e Itália, as principais praças europeias seguem no verde.

A papeleira Altri inverte a tendência das últimas sessões desta semana e apresenta-se a liderar as perdas do PSI 20, caindo 2,04%, para 7,67 euros.

Mas é o peso-pesado BCP que mais contribui para a queda da praça nacional, negociando abaixo dos 28 cêntimos – os títulos do banco perdem 1,48%, para 27 cêntimos, prolongando o movimento da sessão anterior, em que caiu 1,78%.

A Sonae também pressiona o índice ao depreciar 1,67%, para 1,12 euros.

A petrolífera Galp Energia segue a cair 0,42%, para 16,56 euros, influenciada pela tendência do preço do barril de Brent, que tomba 2,27%, para negociar a 77 dólares, enquanto o crude WTI perde 2,15%, para 69,19 dólares. O “Diário da Bolsa” do BPI destaca “a recente perda de momentum que o petróleo acusou nos mercados internacionais”.

“O petróleo, mesmo com as reservas a saírem acima do esperado, as sanções ao Irão e a crise da Venezuela, contínua a negociar de forma bastante lateral e sem conseguir quebrar a barreira dos 80 dólares”, comentou a trader da XTB, Carla Maia Santos.

Em contraciclo está a EDP, que recupera da maior queda em bolsa (-2,01%, para 3,40 euros) desde que a OPA da China Three Gorges foi anunciada. A empresa liderada por António Mexia avança 0,59%, para 3,42 euros.

NOS e F. Ramada lideram nos ganhos, mas não são suficientes para sustentar o mercado.

Entre as principais congéneres europeias, o meio de sessão é positivo. O alemão DAX soma 0,74%, o britânico FTSE 100 sobe 0,12%, o francês CAC 40 avança 0,31% e o holandês AEX ganha 0,31%. Já o espanhol IBEX 35 tomba 1,86% e o italiano FTSE MIB perde 0,77%.

Os investidores estão menos receosos sobre as cotadas europeias, depois do anúncio de Donald Trump ter cancelado o encontro com o chefe de Estado da Coreia do Norte ter provocado quebras nas bolsas na quinta-feira. “Mais uma vez, os mercados abanaram ao som das declarações do presidente Donald Trump”, explicou a trader da XTB.

“Os investidores começam a habituar-se ao modelo de negociações dramático de Trump. Ora avança com declarações efusivas, assustando os mercados, ora volta atrás como se nada fosse”, acrescentou.

Também a situação política em Itália e Espanha pode estar na origem das perdas dos respetivos mercados. Concretamente, em Espanha, o clima político piorou bastante com o anúncio de que o PSOE vai apresentar uma moção de censura ao governo de Mariano Rajoy, na sequência da sentença do caso Grütel, que afeta diretamente o partido do governo.

Esta situação suscitará instabilidade política, uma vez que Mariano Rajoy ou enfrenta a moção de censura ou resigna ao mandato – algo já pedido pelo Cidadãos.

No mercado cambial, o euro recua 0,15% face à moeda norte-americana, nos 1,17 dólares.

 

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