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Bolsa portuguesa fecha em queda em sentido contrário à Europa

A maior subida coube à Semapa (+3,08%), consequência de ontem ter anunciado um aumento homólogo de 15% no lucro dos primeiros nove meses do ano. Já a maior queda coube à Pharol e aos CTT (-2,51%). Hoje é o primeiro dia do Quantitative Easing, a dívida soberana está a subir. O petróleo dispara também hoje.
1 Novembro 2019, 17h46

O PSI-20 fechou ligeiramente negativo (-0,073% para 5.115,9 pontos) em dia de feriado católico (dia de Todos os Santos). Algum marasmo caracterizou a primeira sessão do mês de novembro.

A maior subida coube à Semapa (+3,08% para 12,70 euros), consequência de ontem ter anunciado um aumento homólogo de 15% no lucro dos primeiros nove meses do ano. A Semapa registou resultados líquidos atribuíveis a acionistas de 112,1 milhões de euros até setembro. A subida em bolsa revela que os investidores desvalorizaram o facto de a dona da Navigator ter reportado um EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) de 392 milhões de euros, significando uma queda homóloga de 4,5%.

A Navigator, por arrasto, também subiu 1,42% para 3,278 euros. A Mota-Engil subiu 1,46% para 2,014 euros; a EDP avançou 0,24% para 3,699 euros e a Galp também fechou positiva ao subir 0,18% para 14,305 euros. O BCP fechou marginalmente positivo nos 0,2031 euros.

Em queda destacaram-se a Pharol, que perdeu -2,77%. Mas também os CTT que recuou -2,51% para 2,792 euros; a EDP Renováveis (-1,37% para 10,080 euros) e a NOS (-1,13% para 5,265 euros). A REN e a Corticeira Amorim registaram quedas ligeiras.

A Europa vestiu-se de verde neste primeiro de novembro. O EuroStoxx 50 avançou 0,54% para 3.623,74 pontos.

Londres também fechou positiva com o FTSE 100 a ganhar 0,75% para 7.302,42 pontos. O francês CAC também subiu 0,56% para 5.761,9 pontos; o DAX fechou em alta de 0,73% para 12.961 pontos; o FTSE MIB de Milão valorizou acima dos pares (+1,06% para 22.34,32 pontos) e o IBEX de Madrid avançou 0,76% para 9.328 pontos. Também o holandês AEX fechou a subir 0,72%.

O velho Continente foi impulsionado pelos bons dados económicos vindos dos EUA e da China. os dados do emprego dos Estados Unidos surpreenderam pela positiva os investidores e Wall Street está a ter uma sessão positiva que contagiou a Europa.

Hoje é o primeiro dia em que o BCE vai às compras, no âmbito do chamado Quantitative Easing, através do qual comprará 20 mil milhões de euros em ativos mensalmente a partir de 1 de novembro. Isto no mesmo dia em que Christine Lagarde começa a sua presidência do banco central, com muitos desafios pela frente. O principal: evitar uma possível recessão na zona do euro. O PIB cresceu 0,2% no terceiro trimestre.

De acordo com a estimativa divulgada pelo Eurostat, durante o 3º trimestre de 2019, a economia da Zona Euro registou um crescimento trimestral do PIB de 0,2%, valor igual ao trimestre anterior (0,2%). A variação homóloga do PIB foi de 1,1%, depois de ter registado 1,1% no 2º trimestre de 2019.

O novo QE será mantido “pelo tempo que for necessário para reforçar o impacto acomodatício das suas taxas de juro” e terminará pouco tempo antes de o BCE “começar a elevar as taxas de juros”, destacou a instituição na altura do anúncio. O BCE também reafirmou que os juros continuarão nos níveis atuais ou menores até que a inflação da zona do euro se aproxime “de forma consistente” para sua meta oficial, que é de uma taxa ligeiramente abaixo de 2%.

Segundo o Eurostat em outubro de 2019, a taxa de inflação anual estimada para a Zona Euro terá sido 0,7% (0,8% no mês anterior).

No que respeita à UE a 28, o crescimento trimestral do PIB foi de 0,3%, mais 0,1 p.p. que no trimestre anterior (0,5%). A variação homóloga do PIB foi de 1,4%, o que compara com 1,4% registado no trimestre anterior.

A dívida soberana alemã a 10 anos sobe no mercado secundário 2,5 pontos base para -0,382%; a dívida de Portugal também agrava 3,7 pontos base para 0,203% e a espanhola idem, a subir 3,7 pontos base para 0,274%. Itália está pior neste campo já que os juros da República sobem 7 pontos base para uma yield 0,993%.

No mercado do petróleo os futuros do barril do Brent disparam 2,46% para 61,10 dólares o barril. Nos Estados Unidos o crude também sobe 2,6% para 55,62 dólares.

No cross euro-dólar, o euro sobe 0,09% para 1,1162 dólares.

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