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Bolsa portuguesa soma quase 1%, com especulação sobre o fim da guerra comercial

PSI 20 ganha 0,91%, para 5.510,90 pontos, numa altura em que a especulação em torno do fim da guerra comercial entre Estados Unidos e China dá gás aos mercados.
  • Benoit Tessier / Reuters
20 Agosto 2018, 10h59

O principal índice bolsista português, PSI 20, ganha 0,91%, para 5.510,90 pontos, em linha com as principais congéneres europeias, numa altura em que a especulação em torno do fim da guerra comercial entre Estados Unidos e China dá gás aos mercados.

“As bolsas iniciam a semana em terreno positivo, com os investidores a verem com bons olhos o encontro entre os representantes dos EUA e da China marcado para esta semana em Washington, com o objetivo de alcançar um acordo comercial entre os dois países, antes que sejam impostas mais tarifas adicionais aos bens importados”, opina o senior broker e affiliate manager da XTB, David Silva.

De acordo com a imprensa norte-americana, responsáveis políticos chineses e norte-americanos deverão sentar-se à mesa das negociações entre 21 e 22 de agosto. As negociações ocorrem antes que os EUA implementem mais tarifas sobre 16 mil milhões de dólares em produtos importados da China. Existe a expetativa de que um acordo é possível, colocando um ponto final na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Em Lisboa, a valorização dos títulos do BCP e do grupo EDP são os que mais fôlego dão ao PSI 20, embora não liderem os ganhos.

O banco liderado por Miguel Maya, que representa cerca de 20% do principal índice bolsista nacional, soma 1,36%, para 0,25 euros. Já a EDP avança 0,38%, para 3,40 euros, e a EDP Renováveis ganha 0,68%, para 8,84 euros.

A liderar os ganhos seguem a Mota-Engil, que soma 3,60%, para 2,87 euros, os CTT que crescem 1,67%, para 3,29 euros, e a Sonae, que avança 1,96%, para 0,96 euros.

Também os títulos da Semapa, cujo líder Pedro Queiroz Pereira faleceu este fim de semana, sobem 1,63%, para 18,72 euros.

Em contraciclo, destaque para a Pharol, que perde 1,14%, para 0,21 euros.

A empresa está sofrer com o facto de a operadora brasileira ter reportado um EBITDA trimestral recorrente de 1.555 milhões de reais, registando nesse período um prejuízo de 1.200 milhões de reais, o que representa uma redução de 70% face a igual período de 2017.

Entre as principais congéneres europeias, o alemão DAX avança 0,96%, o britânico FTSE 100 ganha 0,62%, o francês CAC 40 soma 0,68%, o holandês AEX valoriza 0,62% e o espanhol IBEX 35 cresce 0,49%. O italiano FTSE MIB segue ‘flat’.

Sobre Itália, David Silva, explica que o país está “em foco, uma vez que o governo populista italiano, depois do desastre da ponte de Génova na semana passada, pretende realizar um investimento de 80 mil milhões de euros para reconstruir as infraestruturas degradadas por todo o país de modo a evitar acontecimentos idênticos”.

Em Londres, o Brent avança 0,53%, para 72,51 dólares, e o WTI, referência em Nova Iorque, ganha 0,11%, para 65,28 dólares.

Entre as divisas, o euro perde 0,29% face à moeda norte-americana, para 1,14 dólares.

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