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Bolsas europeias a ‘vermelho’. Petróleo recua 3%

A EDP perde 1,35%, para 3,06 euros, depois de a Fitch anunciar que manteve o rating de longo prazo de “BBB-” e de curto prazo de “F3” da EDP e da EDP Finance BV. A mesma agência de notação financeira subiu hoje o rating do BCP (-2,09%), mas manteve-o em ‘lixo’.
6 Dezembro 2018, 11h44

A bolsa portuguesa mantém-se em terreno negativo a meio da manhã desta quinta-feira, dia 6 de dezembro. O principal índice português, PSI 20, recua 1,84%, para 4.830,74 pontos, pressionado por quedas como as do BCP (-2,09 %, para 0,24 euros), da Jerónimo Martins (-2,81%) e da Galp Energia (-2,84%).

Os CTT – que ontem anunciaram que a antiga estação na Rua da Palma, em Lisboa, foi alienada por 10,3 mil milhões de euros, gerando uma mais-valia de 8,5 mil milhões de euros ao operador postal – recuam 1,43%.

A EDP perde 1,35%, para 3,06 euros, depois de a Fitch anunciar que manteve o rating de longo prazo de “BBB-” e de curto prazo de “F3” da EDP e da EDP Finance BV. Ainda neste setor, nota para o deslize 1,32% da REN. A mesma agência de notação financeira subiu hoje o rating do BCP, mas manteve-o em ‘lixo’.

A Europa negoceia igualmente pessimista, com a deterioração do sentimento dos investidores durante a sessão asiática. O índice alemão DAX tomba 2,40%, o britânico FTSE 100 resvala 2,46%, o francês CAC 40 desvaloriza 2,24%, o italiano FTSE MIB perde 2,35%, o espanhol IBEX 35 desce 1,82% e o holandês AEX recua 2,35%. O Euro Stoxx desliza 2,14%.

A marcar o mercado petrolífero está a reunião de hoje da OPEP, na cidade de Viena, em Áustria. A cotação do barril de Brent recua 3,43%, para 59,45 dólares, enquanto a cotação do crude WTI perde 3,35%, para 51,12 dólares por barril. Segundo assinalam os analistas do CaixaBank/BPI Research, depois de o petróleo ter perdido 20% ao longo deste mês, o cartel está pressionado em reduzir a produção.

“Nos últimos dois meses, o mercado petrolífero sofreu uma profunda alteração de perceções da relação entre a oferta e a procura. Até ao início desse mês, os investidores acreditavam que a oferta deveria corresponder sensivelmente à procura durante o próximo ano. No entanto, os crescentes sinais de abrandamento da economia global aliados ao facto de quase todos os principais produtores operarem na sua capacidade máxima conduziu muitos investidores a anteciparem uma oferta excessiva que os induziu a vender”, referem.

Os múltiplos temas em cima do tabuleiro estão a deixar os investidores um pouco sem rumo e isso traz volatilidade aos mercados, de acordo com Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp. O analista salienta também a atenção dos investidores à prisão da CFO da Huawei no Canadá, por potenciais violações das sanções ao Irão – que provocaram indignação da China e complicaram as negociações comerciais.

“No Brexit Theresa May desespera por apoio no parlamento ao acordo traçado com Bruxelas e na Guerra Comercial EUA/China os acordos que num dia são dados como alcançados no dia seguinte surgem como mais difíceis. A Itália pede-se um orçamento que cumpra com as metas de défice impostas pela Comissão Europeia. Nos EUA a estrutura de taxas de juro também não ajuda os mercados de ações, uma vez que os credores estão a exigir menores yields em financiamentos a 2 e a 3 anos do que a 5 anos, um fenómeno que a alastrar-se para os 10 anos tem historicamente dado sinais de recessões futuras”, explica.

Quanto ao mercado cambial, nota para a depreciação de 0,05% do euro face ao dólar (1,1338) e para a valorização de 0,05% da libra perante a divisa dos Estados Unidos (1,2741).

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