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Bolsas europeias espelham otimismo de Xangai

Tanto o PSI 20 como os seus principais congéneres da Europa apresentam ganhos ao início desta manhã, fruto do adiamento da decisão de os Estados Unidos aumentarem as taxas aduaneiros sobre os produtos chineses.
  • Reuters/Lucas Jackson
25 Fevereiro 2019, 09h41

A semana começou com ganhos nas bolsas europeias. Tanto o índice PSI-20 como os seus principais congéneres da Europa apresentam subidas ao início desta manhã, fruto do adiamento da decisão de os Estados Unidos aumentarem as taxas aduaneiros sobre os produtos chineses. O principal índice nacional arrancou com uma valorização de 0,25%, para os 5.165,52 pontos, depois de ter encerrado a sessão da última sexta-feira no ‘vermelho’. Por volta das 09:00 desta segunda-feira, a praça lisboeta já estava a subir 0,40%, para 5.173,32 pontos.

Gualter Pacheco, analista do Banco Carregosa, afirma ao Jornal Económico que “os mercados estão fortes” e que as “expectativas para hoje são otimistas” depois de a principal praça financeira chinesa ter fechado com uma subida de quase 6%, perante os sinais de que Donald Trump iria ‘dar o braço’ a torcer na guerra comercial, que se prolonga há vários meses. “O bull market na China beneficia a Europa. Não há acordo [entre os presidentes norte-americano e chinês], mas também não há desacordo. Os futuros americanos também estão a subir entre 0,2% e 0,3%”, salienta Gualter Pacheco ao semanário.

A favorecer o PSI-20 está essencialmente a Jerónimo Martins, que avança 1,82%, para 13,18 euros, dois dias antes de apresentar resultados. A retalhista liderada por Pedro Manuel de Castro Soares dos Santos deverá estar a refletir “uma perspetiva de bons resultados”, segundo o mesmo trader. Isto porque a última recomendação foi do HSBC, no dia 21 de fevereiro, para «manter» e com um preço-alvo de 11 euros.

Ainda no retalho, nota para o ganho ligeiro de 0,11% da Sonae. Além disso, impressionam títulos como: Mota-Engil (+1,54%, para 1,20 euros), REN (+0,15%), BCP (+0,74%), CTT (+0,50%) ou Galp Energia (+1,19%). Por outro lado, caem a EDP e a EDP Renováveis (-0,62% e -0,43%, respetivamente), bem como a Ibersol, que recua 2,95%, para 7,90 euros.

No restante ‘Velho Continente’, o índice alemão DAX soma 0,52%, o britânico FTSE 100 avança 0,30%, o francês CAC 40 valoriza 0,32%, o espanhol IBEX 35 aumenta 0,47% e o holandês AEX sobe 0,55%. O italiano FTSE MIB cresce 0,91%, após a agência de notação financeira Fitch se ter pronunciado recentemente sobre a sua dívida italiana.

“Manteve a notação financeira da Itália em BBB (dois níveis acima da categoria «junk»), atribuindo uma perspetiva negativa. A notação de BBB sinaliza que existe uma fraca probabilidade de default, mas diversos fatores económicos ou financeiros poderão afetar a capacidade do país de honrar os seus compromissos”, referem os especialistas do CaixaBank/BPI Research.

No habitual Diário de Bolsa, estes analistas lembram que, no final da semana, a Fitch apontou como factores para esta decisão a estagnação do PIB, a fraca procura externa e a incerteza política. “Em outubro, a Moody’s reduziu a rating da Itália para apenas um nível acima da categoria de ‘lixo’, enquanto a agência S&P manteve a notação dois níveis acima de «junk», embora atribuindo um outlook negativo”, recordam.

A cotação do barril de Brent desliza 0,15%, para 67,15 dólares, enquanto a cotação do crude WTI desce 0,10%, para 57,20 dólares por barril. Quanto ao mercado cambial, nota para a apreciação de 0,05% do euro face ao dólar (1,1347) e para a desvalorização de 0,08% da libra perante a divisa dos Estados Unidos (1,3067).

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