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Bolsas europeias fecham no verde com esperança nas negociações entre os EUA e a China

As principais praças europeias fecharam em alta, motivadas pelas valorizações registadas nos mercados asiáticos e norte-americano. Lisboa não foi exceção. As ações da Navigator, dos CTT, da Galp, da Mota-Engil e do BCP animaram a sessão. O petróleo está em alta.
20 Fevereiro 2019, 17h56

A praça portuguesa encerrou o dia em alta, em linha com as praças europeias. O PSI 20 subiu 0,76% para 5.178,2 pontos.

De salientar a subida de 2,22% da Navigator para 4,418 euros e dos CTT que subiu 1,95% para 3,1132 euros. A empresa apresentou lucros, depois do mercado fechar, a caírem 28% e com os dividendos a caírem 70%.

Destaque ainda para a evolução da Galp (+1,56% para 14,635 euros); da Mota-Engil (+1,45% para 1,960 euros) e do BCP (+1,43% para 0,2343 euros).

A subida da Altri (+1,25%) também se destaca no índice.

Na verdade apenas dois títulos fecharam em queda. A Corticeira Amorim (-1,15%) e a Sonae (-0,16%).

Segundo os analistas do BPI, “a Sonae Indústria sofreu uma desvalorização considerável, depois de ter informado o encerramento das atividades da LaminateParkar na Alemanha e ter referido que os resultados do EBITDA do 4º trimestre serão significativamente afetados por uma menor rentabilidade operacional da subsidiária integralmente detida Tafisa Canada. A Sonae Indústria deverá comunicar os resultados anuais de 2018 dia 27 de março.

A REN ganhou 0,15% para 2,592 euros depois de ter informado que foi aprovado pela Secretaria de Estado da Energia o Plano de Desenvolvimento e Investimento na Rede de Transporte de Eletricidade para o período 2018-2027, num montante total de investimento (CAPEX) de 535,1 milhões.

As principais praças europeias fecharam em alta, motivadas pelas valorizações registadas nos mercados asiáticos e norte-americano.

Os analistas dizem que a Europa ganhou força após o arranque de Wall Street.

Segundo o analista do BCP Investimento, Ramiro Loureiro, “o bom comportamento dos setores cíclicos é sinal de que os investidores estão confiantes quanto ao desfecho das negociações comerciais entre os EUA e a China”.

“Às 19h teremos a divulgação das atas da última reunião da Fed e que devem impactar nas últimas horas de negociação em Nova-Iorque. A melhoria da confiança dos consumidores na Zona Euro também ajuda a suportar o otimismo”, refere o analista do BCP.

Na Europa o EurosStoxx 50 ganhou 0,625 para 3.259,49 pontos.

“No mundo empresarial de notar a valorização dos pesos pesados Iberdrola (+1,3%) e Fresenius (+4,53%), duas constituintes do Euro Stoxx 50 que mostram boa reação às contas”. No caso da eléctrica espanhola, os resultados operacionais superaram previsões, ainda que com menores receitas. O resultado líquido anual foi de 3,01 mil milhões.

“Em sentido inverso a Sainsburry tomba mais de 15% (-15,16%) perante notas de que a fusão com a ASDA pode estar em risco, o que pressiona o sentimento no setor de Retalho”, diz o BCP.

Em Londres o FTSE 100 fechou a subir 0,69% para 7.228,6 pontos; o CAC 40 valorizou 0,69% para 5.195,95 pontos; o Dax ganhou 0,82% para 11.401,97 pontos; o FTSE MIB subiu 0,38% para 20.304,21 pontos e o IBEX  fechou em alata de 0,49% para 9.181,1 pontos.

Destaque para a subida das ações do Lloyd’s, em Londres, de mais de 5%. O banco inglês reportou um resultado trimestral antes de impostos inferior ao estimado. O banco irá iniciar um programa de recompra de ações próprias num montante de 1.750 milhões de libras. A curto prazo, o CEO do Lloyd’s Horta Osório mostrou-se prudente em virtude da incerteza que paira sobre o Brexit.

O petróleo também está animado. O Brent valoriza 1,01% no mercado de Londres para 67,12 dólares e o crude WTI escala 1,52% para 56,94 dólares.

O euro ganhou 0,22% para 1,1366 dólares. No mercado de dívida, as bunds alemãs descem 0,5 pontos base para uma yield de 0,10% ao passo que a dívida portuguesa agrava 1,2 pontos base para 1,519%, aumentando o prémio de risco da dívida portuguesa.

A vizinha Espanha tem os juros em queda de 0,8 pontos base para 1,2% e Itália  tem os juros a dispararem 7,2 pontos base para 2,86%.

 

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