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Bombeiros voluntários não recebem por despesas extraordinárias há quatro meses

As associações de bombeiros voluntários queixam-se de estar sem receber há quatro meses as despesas extraordinárias referentes aos incêndios florestais, uma situação que o Ministério da Administração Interna diz que vai resolver parcialmente nos próximos dias. O alerta foi dado à agência Lusa pelo presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Jaime Marta Soares, avançando […]
10 Novembro 2017, 13h17

As associações de bombeiros voluntários queixam-se de estar sem receber há quatro meses as despesas extraordinárias referentes aos incêndios florestais, uma situação que o Ministério da Administração Interna diz que vai resolver parcialmente nos próximos dias.

O alerta foi dado à agência Lusa pelo presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Jaime Marta Soares, avançando que a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) não paga, desde junho, às associações humanitárias de bombeiros voluntários as despesas extraordinárias dos incêndios florestais e previstas na diretiva financeira.

“Não foi pago o que está incluído na diretiva financeira desde junho”, lamentou Jaime Marta Soares, sublinhando que as corporações de bombeiros estão a viver “uma situação complexa e difícil”. A diretiva financeira é um documento anual que fixa os princípios norteadores do pagamento das despesas resultantes das intervenções das corporações e permite apoiar os bombeiros na reparação e reposição de veículos e equipamentos, alimentação e combustível.

Segundo Jaime Marta Soares, em causa está todo o equipamento e material afetado pelos incêndios, além dos combustíveis e despesas com alimentação. Numa resposta enviada à Lusa, o Ministério da Administração Interna (MAI) refere que o pagamento referente aos meses de julho e agosto, no valor de 6,4 milhões de euros, será efetuado nos próximos dias.

O MAI adianta também que estão em fase de apuramento final os montantes referentes aos meses de setembro e outubro, fazendo parte destas despesas extraordinárias a reposição e reparação de viaturas e equipamentos, refeições e salários perdidos.

A LBP deu também conta à Lusa que os bombeiros voluntários que fizeram parte das Equipas de Combate a Incêndios (ECIN) no âmbito do reforço do dispositivo em outubro ainda não receberam qualquer compensação. Jaime Marta Soares exige que o pagamento seja efetuado o mais rapidamente, uma vez que as corporações de bombeiros não têm disponibilidade financeira para avançar com a compensação, tendo já contactado o secretário de Estado da Proteção Civil, Artur Tavares Neves.

Segundo a LBP, quase 1.000 bombeiros voluntários integraram as ECIN, a partir de 09 de outubro, no âmbito do reforço do dispositivo de combate a incêndios. Na resposta enviada à Lusa, o MAI refere que o pagamento das compensações às Equipas de Combate a Incêndios no mês de outubro, incluindo o dispositivo que estava previsto, os reforços e o prolongamento para a segunda quinzena de outubro, será efetuado nos próximos dias.

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