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Boris Johnson: “é impensável que os 400 mil portugueses no Reino Unido tenham de sair”

Num discurso em que fez referência à aliança bilateral mais antiga no mundo e ao facto de James Bond ter sido ‘imaginado’ no Estoril, o ministro britânico defendeu os direitos dos emigrantes portugueses no Reino Unido e urgiu os parceiros da UE a acelerarem as negociações.
  • Boris Johnson
27 Outubro 2017, 13h14

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Boris Johnson, considera impensável a possibilidade de os direitos dos cerca de 400 mil portugueses que residem no Reino Unido sairem prejudicados como consequência das negociações do Brexit.

“Eu estou aqui para dar continuidade ao Tratado de Windsor de 1386, que representa a mais longa amizade diplomática e política entre dois países na história. É uma história de sucesso sem interrupção, através do período Napoleónico, da Segunda Guerra Mundial, e mesmo o próprio James Bond foi concebido, pelo menos na imaginação no Estoril”, salientou o Foreign Secretary do Governo de Theresa May, após uma reunião em Lisboa com o homólogo português, Augusto Santos Silva.

Adiantou que o objetivo é fortalecer a relação nesta fase nova, sublinhando que as duas nações beneficiam de trocas crescentes, com 3 milhões de turistas britânicos a visitarem Portugal todos os anos e 400 mil portugueses a trabalharem no Reino Unido.

“Não há nada mais importante para mim, ou para todos nós que queremos o melhor para os cidadãos em todos os nossos países, que fazer isto [resolver a questão dos direitos dos cidadãos] o mais depressa possível”,

“Não consigo imaginar um cenário no qual os 400 mil portugueses, ou o milhão de polacos, venham a ser pedidos para sair [do Reino Unido] ou ver os seus direitos prejudicados. Isso é impensável”, frisou.

“Obviamente o que temos de fazer é conseguir um acordo e não podemos fazer isso enquanto tivermos este atraso. Temos de avançar para a próxima fase”, explicou.

Augusto Santos Silva concordou que o dossier relativo aos direitos dos cidadão é o mais importante nesta fase.

“Portugal contou com todos estados membros no último Conselho Europeu para que fosse dado um sinal que não era ainda altura para sinalizar que havia progressos suficiente para passar a uma segunda fase das negociações”, referiu.

“O Conselho Europeu decidiu, e bem, mandatar os serviços para irem continuando com os trabalhos preparatórios para que possamos em dezembro passar para a segunda fase”, acrescentou.

[Atualizada às 13h52]

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