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Boris Johnson apela a líderes mundiais para se unirem contra “inimigo comum”

Johnson estabeleceu um plano para prevenir outra pandemia global, incluindo uma rede de laboratórios de investigação zoonótica (transmitida por animais ao ser humano) em todo o mundo para identificar os agentes patogénicos antes que eles passem dos animais para humanos.
26 Setembro 2020, 17h23

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou hoje que a pandemia do novo coronavírus rompeu com os laços entre as nações e apelou aos líderes mundiais para se unirem contra o “inimigo comum”, a covid-19.

Johnson, que fez estas declarações num discurso pré-gravado na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), disse que nove meses após a pandemia, “a própria noção de comunidade internacional parece esfarrapada”.

“Nunca mais devemos travar 193 campanhas separadas contra o mesmo inimigo”, defendeu o governante.

Johnson, que contraiu a covid-19 na primavera passada e passou três noites nos cuidados intensivos, pediu também aos países para partilharem os dados para criar um sistema global de alerta precoce para os surtos de doenças.

Além disso, o primeiro-ministro britânico pediu aos países para pararem de impor controlos à exportação de bens essenciais, como muitos fizeram durante a pandemia.

Johnson estabeleceu um plano para prevenir outra pandemia global, incluindo uma rede de laboratórios de investigação zoonótica (transmitida por animais ao ser humano) em todo o mundo para identificar os agentes patogénicos antes que eles passem dos animais para humanos.

Boris Johnson comprometeu-se ainda com 500 milhões de libras (450 milhões de euros), através de um grupo de aquisição global de vacinas COVAX, para ajudar 92 dos países mais pobres do mundo a obterem uma vacina contra o novo coronavírus, caso venha a ser descoberta e esteja disponível.

O primeiro-ministro anunciou igualmente que o Reino Unido vai aumentar em 30% o seu financiamento para a Organização Mundial da Saúde (OMS), isto é, para 340 milhões de libras nos próximos quatro anos.

O governo britânico está agora a tentar contrariar a impressão de que o país está a retirar-se do cenário mundial ou a torna-se mais protecionista, após a sua saída da União Europeia.

A data de 31 de janeiro deste ano marcou a saída oficial do Reino Unido da União Europeia e o início de um período de transição que se irá prolongar até ao final do ano, caso não venha a ser, entretanto, prolongado.

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