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BPI avisa acionistas: Venda de 2% do BFA é “única solução” para cumprir com BCE

Venda de 2% do BFA é a “única solução” para cumprir as exigências do BCE face a Angola, acrescentando que o problema tem de ser resolvido rapidamente ou o banco será penalizado, garante administração do BPI.
  • Jose Manuel Ribeiro/Reuters
31 Outubro 2016, 20h25

O BPI convocou hoje os acionistas para se reunirem a 23 de novembro no Porto, pelas 16:00, para votarem a venda de 2% do Banco Fomento de Angola (BFA) à operadora angolana Unitel por 28 milhões de euros, o que a concretizar-se significa que o banco português deixa de controlar o banco angolano, passando esse controlo para a empresa de Isabel dos Santos.

No comunicado enviado hoje à tarde à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, em que explica a ordem de trabalhos da reunião magna, o Conselho de Administração do BPI, liderado por Artur Santos Silva e Fernando Ulrich, reiterou que esta alienação é a “única solução” que foi “possível concretizar” para que o banco reduza a exposição a Angola e cumpra, assim, a exigência do Banco Central Europeu (BCE) para resolver o “problema da ultrapassagem do limite dos grandes riscos com que o banco se confronta desde o fim de 2014”.

A administração do BPI afirma ainda que a resolução deste problema não se pode prolongar por mais tempo “sob pena de o banco e, por inerência, os seus acionistas serem confrontados com iniciativas da autoridade de supervisão que teriam gravíssimas consequências para a situação do banco e, por consequência, para o valor das suas ações”.

Assim, diz a administração do BPI, a venda de parte do BFA é “absolutamente fundamental”.

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