BPI vai passar a receber menos resultados do BFA

O BPI decidiu alterar o método de consolidação do Banco Fomento de Angola (BFA) o que vai traduzir-se numa menor contribuição dos resultados para o consolidado do BPI.

Este ano a contribuição do BFA e BCI (Moçambique) para o lucro do banco português  foi de 94,4 milhões de euros. No ano passado tinha sido negativo em 113,5 milhões de euros.

O contributo do BFA foi de 73,2 milhões de euros em 2018 e incorpora um impacto negativo de ‐139 milhões de euros decorrente da alteração da classificação contabilística da participação no BFA, que deixa de ser considerada “empresa associada”, consolidada por equivalência patrimonial, para passar a ser classificada como um investimento financeiro em “ações ao justo valor por outro rendimento integral/OCI”, explicou o banco.

Uma decisão que foi tomada pela própria administração do banco e não por indicação do Banco Central Europeu e foi feita  por uma questão de “prudência”, para contabilizarem exactamente o que recebem em dividendos.

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Isto significa que o banco deixou de consolidar os resultados do BFA pelo método de equivalência patrimonial (linha a linha) para passar a contabilizar apenas o que recebe em dividendos. Já antes, quando deixou de ter mais de 50% para passar a ter os atuais 48%, tinha alterado a forma como consolidava os resultados do banco angolano. Ao deitar de ter o controlo deixou de consolidar integralmente (expurgando depois os interesses minoritários), para passar para o método de equivalência patrimonial, que agora abandona.

Não houve impacto da reclassificação do BFA (138,6 milhões) nos rácios de capital consolidados.

O presidente executivo do BPI, Pablo Forero, disse hoje que o banco recebeu em 2018 os dividendos do Banco Fomento de Angola (BFA) referentes a 2016 e 2017, no total de 64 milhões de euros.

Forero apresentou hoje os resultados do BPI de 2018, em que teve lucros de 490,6 milhões de euros, bem acima do resultado de 10,2 milhões de euros registados em 2017.