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Brexit domina bolsas. Lisboa sobe puxada pela NOS e CTT

O desempenho de títulos como a NOS (+3,29% para 5,330 euros), os CTT (+2,65% para 2,326 euros) e a Mota-Engil (+1,02% para 1,987 euros), pôs a bolsa de Lisboa a fechar em alta em contraciclo com a maioria das praças europeias que fraquejaram perante a possibilidade de o Parlamento Britânico reprovar o acordo.
  • Daniel Munoz/Reuters
17 Outubro 2019, 17h31

A praça portuguesa terminou o dia de hoje em alta, revelando uma performance melhor que a dos pares europeus. Em causa esteve o desempenho de títulos como a NOS (+3,29% para 5,330 euros), os CTT (+2,65% para 2,326 euros) e a Mota-Engil (+1,02% para 1,987 euros).

O BCP caiu 0,90% para 0,1982 euros, apesar do setor na Europa ter registado um ganho.

Depois de ontem a EDPR ter dado a conhecer os dados operacionais previsionais relativos aos primeiros 9 meses do ano, hoje foi a vez da EDP.

A elétrica anunicou que a produção de eletricidade da EDP caiu 11% até setembro, para 48.165 gigawatts/hora (GW/h) devido a uma “forte redução” de 41% na produção hídrica. A capacidade instalada alcançou os 26,3 GW em setembro, reflexo da desconsolidação de 997 MW de eólica na Europa. No negócio de comercialização na Ibéria, verificou-se um aumento de 0.70% do número de clientes de gás, enquanto o número de clientes de eletricidade está estável nos 5,27 milhões. O volume de eletricidade distribuída aumentou 2.60% no Brasil, suportado pela melhoria do contexto económico e pelo efeito temperatura. Os resultados da EDP serão divulgados no dia 30 de outubro após o fecho do mercado.

A EDPR subiu 0,72% para 9,760 euros, enquanto que a EDP foi penalizada e caiu -1,67% para 3,525 euros, em parte pelo comportamento descendente do setor na Europa.

O Brexit dominou o flow noticioso durante a sessão europeia, isto depois do  entendimento entre o governo britânico e a União Europeia para uma saída ordenada. Os líderes da União Europeia, já depois do fecho do mercado, aprovaram o acordo para o Brexit.

Mas como ainda existe a possibilidade de o Parlamento Britânico reprovar o acordo as bolsas fecharam no geral em queda. O EuroStoxx 50 caiu 0,28% para 3.589,2 pontos e o britânico FTSE 100 valorizou 0,20% para 7.182,3 pontos.

O Dax caiu 0,12% para 12.654,9 pontos e o CAC perdeu 0,14% para 5.688,8 pontos. O FTSE MIB também fechou a cair 0,23% para 22.375,7 pontos e o IBEX recuou 0,31% para 9.357,8 pontos. O PSI-20 contrariou e subiu 0,28% para 5.013.8 pontos.

“A libra ia depreciando face a moedas como o dólar ou o euro perante as dúvidas quanto à aprovação no parlamento britânico”, descreve o analista do BCP, Ramiro Loureiro.

“O fecho acabou por ditar um sentimento maioritariamente de baixa ligeira nos principais índices europeus”, explica o analista.

No que se refere ao cenário macroeconómico, a Alemanha reviu em baixa as estimativas de crescimento para 2020 para 1%, comparativamente com a anterior previsão de 1,50%.

O mercado de dívida soberana revela uma descida de 2,2 pontos base para -0,409%. A dívida portuguesa ganha 2,3 pontos base para 0,204% e a espanhola sobe 2,6 pontos base para 0,253%. Itália por sua vez cai um ponto base para 0,927%.

O euro ganha 0,47% para 1,1124 dólares.

O Brent em Londres cai 0,99% para 58,83 dólares.

 

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