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Brexit: Farage aponta para a Catalunha e diz “graças a Deus que vamos sair”

O eurodeputado britânico afirma que “os cidadãos europeus ficaram chocados” com a inação da União Europeia e diz que tal permite aos britânicos antever o que aconteceria se os nacionalistas escoceses ousassem pedir a independência.
  • Dylan Martinez/Reuters
3 Outubro 2017, 11h11

O eurodeputado britânico, Nigel Farage, que foi um dos rostos da campanha pelo Brexit, afirma estar grato pelos britânicos terem dado vitória à saída do Reino Unido da União Europeia, que acusa de ser “antidemocrática”. Nigel Farage diz-se “chocado” com o silêncio de Bruxelas face aos confrontos na Catalunha que envolveram as autoridades policiais e resultaram em quase 900 feridos e que só vêm provar que o Reino Unido faz bem em deixar o bloco europeu.

“Várias vezes disse que a UE era antidemocrática, mas nunca, nas minhas piores críticas, pensei que veríamos a polícia de um Estado-membro da União ferir 900 pessoas numa tentativa de as impedir de ir votar”, afirmou Nigel Farage, num debate no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, sobre as negociações para a saída do Reino Unido da União Europeia.

Nigel Farage argumenta que independentemente de o referendo ser ou não legal, “as pessoas deveriam ser autorizadas a expressar a sua opinião”, o que segundo o eurodeputado não se verificou. “Vimos foi mulheres a serem arrastadas pelo cabelo das assembleias de voto e senhoras idosas com feridas na testa”, conta, questionando “e o que recebemos do senhor Juncker? Nada”.

O antigo líder do partido britânico eurocético UKIP afirma que “os cidadãos europeus ficaram chocados” com a forma como a União Europeia fechou os olhos aos incidentes no dia do referendo à autodeterminação de um Estado independente na Catalunha. Nigel Farage diz ainda que tal permite aos britânicos antever o que aconteceria se os nacionalistas escoceses ousassem pedir a independência.

“Sabendo, como eu sei, dos planos da União Europeia para uma polícia militarizada, uma força de segurança, o que posso dizer é: Graças a Deus que vamos sair”, sustentou Nigel Farage.

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