Os progressos nas negociações com a União Europeia (UE) “continuam limitados”, fez saber o Reino Unido da sexta-feira, 5 de junho. Aquele país pediu, por isso, que as conversações com Bruxelas sejam “intensificadas e aceleradas” para permitir um acordo até ao final do ano.
“Os progressos continuam limitados, mas o tom das conversações foi positivo”, afirmou o negociador britânico, David Frost, num comunicado, acrescentando que “as negociações vão continuar” e Londres continua “empenhada num resultado bem sucedido”.
Do lado da União Europeia, Michel Barnier, negociador-chefe pela União Europeia para o Brexit, admitiu que na última sessão entre as duas partes não houve progressos. “Enquanto negociador-chefe em nome da União, a minha responsabilidade é dizer a verdade. A verdade é que esta semana não houve progresso significativo”, revelou.
Em cima da mesa continua a vontade de chegar a um acordo em relação ao chamado ‘level playing field’, que inclui todas as questões relacionadas com a prática da pesca. Os representantes do setor das pescas britânico opõem-se à vontade de Bruxelas de incluir no acordo comercial o acesso às águas britânicas das frotas europeias, nas mesmas condições de que gozam atualmente.
“A posição da União Europeia implicaria uma capitulação do Reino Unido sobre a questão da pesca e isso pura e simplesmente não vai acontecer. Existe, atualmente, uma relação assimétrica que beneficia as frotas da União Europeia e, surpreendentemente, pensam que a podem manter”, afirmou Barrie Deas, diretor-executivo da Federação Nacional das Organizações de Pescadores do Reino Unido, em entrevista à “Euronews”, na passada sexta-feira.
Com a falta de progressos nas negociações até ao momento, as atenções vão concentrar-se na mini-cimeira que se vai realizar até ao fim de junho entre o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
O Reino Unido tem até o final deste mês para pedir um prolongamento do período de transição, que termina a 31 de dezembro, mas o governo de Londres sempre recusou a ideia.
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