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Brexit preocupa empresas portuguesas? Plano de contingência português agrada à CIP

Medidas apresentadas vão ao encontro das preocupações levantadas pelo estudo promovido pela CIP. Desenvolvimento e adaptação deve contar com a participação ativa das associações empresariais.
16 Janeiro 2019, 17h42

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) congratulou-se com o anúncio, pelo Governo, “das primeiras medidas de apoio às empresas portuguesas, para prevenir os efeitos do Reino Unido deixar a União Europeia sem um acordo sobre o processo de transição e o quadro de relacionamento futuro”, revelou a empresa em comunicado esta quarta-feira.

A CIP destaca que “estas são algumas das medidas há muito requeridas e que vão ao encontro das preocupações levantadas pelo estudo promovido pela CIP, que o Governo decidiu, a bom tempo, adotar”.

A entidade do setor empresarial considera importante a disponibilização de uma “linha específica de apoio para as empresas”, bem como o “incentivo financeiro”, alertando, contudo, para a necessidade do processo de comprovação das necessidades de financiamento ser objetivo e rápido, devendo adotar as melhores práticas já em funcionamento noutros Estados-Membros.

“É essencial, também, o reforço da política de internacionalização em relação às empresas que irão ser mais afetadas pelo Brexit, sublinhando-se o papel decisivo que a diplomacia económica deverá continuar a ter”, pode ler-se no documento.

Sobre as medidas de contingência, a CIP considera a necessidade de “reforço de meios para controlos aduaneiros e postos de inspeção para controlos sanitários”, além “das necessidades de recrutamento já identificadas sem esta contingência”. Em relação ao Turismo, a CIP acredita ser necessário “o reforço de meios para facilitar o controlo de chegadas a território nacional, tanto mais que já hoje assistimos a longas filas de espera no aeroporto de Lisboa”.

O estudo que a empresa apresentou, em outubro de 2018, conclui que “os efeitos do Brexit para a economia e as empresas podem ser muito significativos, com a redução potencial das exportações globais para o Reino Unido entre cerca de 15% e 26%, e um impacto global entre 0,5% e 1% do PIB”.

A Confederação Empresarial de Portugal salienta ser “essencial o desenvolvimento dos Planos de Contingência e de Preparação, e respetivos ajustamentos e atualizações, e sublinha que é fundamental que possam contar com a participação ativa das associações empresariais, por forma a garantir uma maior eficácia”.

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