O Reino Unido poderá vir a sofrer de uma escassez de alimentos frescos durante semanas ou mesmo meses, caso não exista um acordo em relação ao Brexit, segundo avança a agência “Reuters” esta quarta-feira.
Empresas de retalho como a Tesco alertam que a saída da União Europeia a 31 de outubro sem um acordo de transição causará problemas, já que muitos produtos frescos são importados e os armazéns são abastecidos antes do Natal.
A indústria de retalho, que emprega 450 mil pessoas no Reino Unido, olha para o Brexit como o maior desafio desde a Segunda Guerra Mundial, superando as crises anteriores, como o escândalo da carne de cavalo de 2013 e o surto das vacas louca durante os anos 80 e 90.
O primeiro-ministro Boris Johnson advertiu várias vezes a União Europeia que, a menos que concorde em fazer um novo acordo ele deixará o país fora da UE a 31 de outubro sem acordo. À medida que o inverno se aproxima, o Reino Unido torna-se mais dependente de alimentos importados, de modo que um não-acordo do Brexit é potencialmente mais problemático.
Fruta e vegetais frescos, que têm um curto prazo de validade de apenas alguns dias, não podem ser armazenados por muito tempo, portanto, qualquer controlo no Porto de Calais pode levar a uma interrupção significativa em Dover, o maior porto da Grã-Bretanha.
Uma porta-voz do Governo refere que o mesmo está a trabalhar para apoiar a indústria. “O Reino Unido deixará a UE a 31 de outubro e a nossa principal prioridade é apoiar os consumidores e as empresas nos seus preparativos para o Brexit”.
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