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Brexit sem acordo pode provocar demissões em massa no executivo de Theresa May

Cerca de 40 membros do executivo da primeira-ministra britânica podem estar de saída se May não conseguir um acordo com Bruxelas. E isso implica mais tempo. Mas há quem ache que a União não dará mais tempo.
  • Christopher Furlong/REUTERS
22 Janeiro 2019, 16h44

Várias dezenas de membros do gabinete da primeira-ministra britânica Theresa May podem estar de saída dos seus cargos se o país avançar para um Brexit sem acordo. O jornal britânico ‘The Mirror’ avança que pelo menos 40 membros do executivo poderiam não aceitar manter-se no cargo se o acordo entre Londres e Bruxelas não for firmado.

Amber Rudd, secretária de Estado do Trabalho e Pensões desde novembro de 2018, já terá alertado para essa eventualidade, e os seus colegas Richard Harrington (Indústria e Energia) e Steve Brine (Saúde) podem estar na mesma situação.

Até o ministro da Defesa, Tobias Ellwood, tem feito pressão sobre Theresa May para que a primeira-ministra aceite pedir a prorrogação do prazo de saída do Reino Unido, para que o país consiga fazer um bom acordo com a União.

O ponto de vista deste grupo de potenciais ‘dissidentes’ é que, se Theresa May não pedir mais tempo para gerir o problema, isso será o mesmo que aceitar um Brexit sem acordo – e, nessas circunstâncias, estes membros do governo não aceitariam continuar em funções.

O plano seria forçar Theresa May a pedir que a União estenda a data de 29 de março do Brexit se não houver um novo acordo até ao final de fevereiro. A primeira-ministra deu ontem mostras, na Câmara dos Comuns, de não estar sensível a pedir mais tempo, na tentativa de convencer os conservadores a apoiarem os seus esforços para conseguir rapidamente um acordo.

Esta terça-feira, o secretário do Brexit, Stephen Barclay, alertou para que a União pode não apoiar uma prorrogação da data – mesmo se o Reino Unido a pedisse explicitamente. ”Não é uma capacidade unilateral do Reino Unido estender a data. Existem questões práticas”, disse à BBC. A União “tem sido muito clara sobre não querer uma extensão sem propósito. E então voltamos à questão sobre se os parlamentares são contra ou a favor do acordo”.

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