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Brexit: UE quer Reino Unido a pagar contribuições durante período de transição

A medida ultrapassa o que tinha sido acordado inicialmente entre as duas partes e prevê a suspensão unilateral de alguns dos benefícios do mercado único caso o Reino Unido desrespeite as leis da UE.
  • Luke MacGregor/Reuters
7 Fevereiro 2018, 12h01

A União Europeia (UE) quer que o Reino Unido continue a dar o seu contributo financeiro ao bloco europeu em matéria de gastos com defesa e política externa, durante o período de transição. A medida ultrapassa o que tinha sido acordado inicialmente entre as duas partes e prevê a suspensão unilateral de alguns dos benefícios do mercado único caso o Reino Unido desrespeite as leis da UE.

Num documento preliminar sobre os termos do período de transição, a que a agência “Bloomberg” teve acesso, a Comissão Europeia prevê um aperto maior às condições de saída do Reino Unido, de forma a pressionar mais concessões por parte do britânicos. A ideia é que, entre março de 2019 e o final de 2020, o Reino Unido continue a financiar programas de segurança e relações externas dos Estados-membros.

“Além dos elementos contidos no acordo de 8 de dezembro de 2017, as disposições financeiras do contrato de retirada também devem cobrir o financiamento, durante o período de transição, das agências de política externa, defesa e de segurança comum, com base na mesma regra de contribuição que vigora antes da data de saída [do Reino Unido da UE]”, lê-se no documento.

As pretensões do executivo comunitário vão além do que tinha ficado acordado entre as duas partes, o que pode vir a agitar os deputados eurocéticos que já criticaram anteriormente a primeira-ministra britânica, Theresa May, por “dançar ao som da música da UE”. Além disso, o documento prevê a suspensão de algumas das vantagens do mercado único, caso o Reino Unido não dê cumprimento aos acordos já estabelecidos.

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