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Bruxelas mais otimista sobre crescimento de Portugal até 2019

As previsões da Comissão Europeia aproximam-se das do Governo e apontam para uma desaceleração do crescimento económico este ano e no próximo.
7 Fevereiro 2018, 11h37

A Comissão Europeia projeta que a economia portuguesa cresça 2,2% em 2018, face à expansão de 2,7% estimada para o ano passado. Para este ano, apoia a previsão do Governo, enquanto sobre o ano passado, fica ligeiramente abaixo dos 2,6% previstos pelo Executivo. Nas previsões económicas de inverno, publicadas esta quarta-feira, Bruxelas reviu em alta os números da expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal até 2019.

Para 2019, Bruxelas espera um crescimento do PIB de 1,9%. A revisão em alta foi de uma décima para cada um dos anos, face às anteriores projeções da Comissão Europeia.

O otimismo deve-se à “forte performance em 2017” tanto das exportações como das importações, que refletem “o otimismo do sentimento económico por toda a Europa e o aumento da capacidade do maior produtor automóvel em Portugal”, de acordo com o relatório da Comissão.

Por outro lado, aponta para uma “moderação no comércio externo no horizonte temporal” e para o consumo interno, “cujo contributo para o crescimento poderá cair após uma forte performance em 2017”.

Portugal cresce menos que a Europa

As previsões de Bruxelas indicam que Portugal cresça menos que a zona euro e que a União Europeia, regiões para que a Comissão projeta expansões de 2,3% em 2018, depois de 2,4%, em 2017. Para 2019, Bruxelas reviu em alta a estimativa para 2%, tanto entre os países da moeda única como na UE (face à anterior antevisão de 1,9%).

“Esta melhoria das perspetivas resulta, por um lado, de uma melhor dinâmica conjuntural na Europa, onde a situação dos mercados de trabalho melhora e a confiança económica é particularmente elevada, e, por outro lado, de uma recuperação mais vincada do que o previsto da atividade económica mundial e das trocas comerciais internacionais”, explicou Bruxelas.

Quanto aos riscos, considera que a incerteza sobre as negociações do Brexit, tensões geopolíticas e o protecionismo são os principais problemas. No entanto, sublinha que os riscos “permanecem globalmente equilibrados” e o crescimento económico “poderá mesmo ultrapassar as projeções no curto prazo, como indica o nível elevado de confiança económica”.

Sobre a inflação, a Comissão Europeia espera que continue “moderada” e sem grandes variações. A projeção é que a taxa de inflação na zona euro atingiu os 1,5% em 2017 e em 2018, subindo ligeiramente em 2019, para os 1,6%, influenciada sobretudo pelos preços da energia.

[Notícia atualizada às 11h50]

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