A Comissão Europeia prevê que o défice orçamental português seja superior em 0,2 pontos percentuais ao previsto pelo Governo, ficando nos 0,9% do produto interno bruto (PIB), incluindo já o impacto das necessidades de capital do Novo Banco.
Nas “Previsões de Primavera”, divulgadas esta quinta-feira, Bruxelas refere que o impacto do Novo Banco será o equivalente a 0,4% do PIB, em linha com o que Mário Centeno já tinha anunciado.
“Como o impacto de medidas discricionárias e da poupança em juros em 2018 deverá ser amplamente neutro, o saldo estrutural deverá permanecer estável”, refere a Comissão Europeia.
No Programa de Estabilidade 2018-2022, o Governo confirmou a redução de 0,4 pontos percentuais do objetivo para o défice orçamental este ano, para 0,7% do PIB, e de 0,2% para 2019.
A Comissão Europeia prevê que o saldo negativo seja, no próximo ano, o triplo do previsto pelo Ministério das Finanças.
“Assumindo que não há alteração de políticas, o défice nominal deverá melhorar para 0,6% do PIB em 2019”, refere a Comissão Europeia.
No ano passado, o défice orçamental foi de 2,94% do PIB, mas, excluindo o efeito da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, o saldo negativo limitou-se a 0,92% do PIB, o mais baixo registado em democracia.
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