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Bruxelas quer mais cientistas cabo-verdianos em programas de investigação europeus

Atualmente, Cabo Verde usufrui de uma verba de 250 mil euros para o programa de ciência. “Queremos ter a ambição de, pelo menos, duplicar. Se triplicarmos, melhor ainda”, disse Carlos Moedas, no âmbito de uma visita de três dias ao país.
21 Novembro 2018, 16h56

O oedascomissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação anunciou esta quarta-feira, na Cidade da Praia, que cientistas cabo-verdianos vão poder participar em programas de investigação da União Europeia. Carlos Moedas iniciou esta quarta-feira uma visita de três dias a Cabo Verde.

O comissário participou esta manhã na abertura oficial do Seminário sobre o Horizonte 2020, na sede da delegação da União Europeia. Trata-se de um encontro que visa capacitar investigadores cabo-verdianos para a participação em projetos europeus ligados à investigação.

Carlos Moedas afirmou, na abertura do seminário, que, desde que assumiu o cargo de comissário para Investigação, Ciência e Inovação da União Europeia, tem trabalhado para fazer os países acreditarem que a aposta no futuro está nas ciências.

O porta-voz da Comissão Europeia foi ainda recebido pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva. No final da audiência falou aos jornalistas do protocolo, que será assinado com o governo, através do qual os cientistas cabo-verdianos vão poder participar em projetos de investigação em instituições europeias e vice-versa.

“Assinando este acordo, vamos ter concursos públicos, feitos normalmente para os Estados-membros, da União Europeia, mas que também incluem Cabo Verde e Cabo Verde vai poder usufruir do programa de Ciência”, disse Carlos Moedas.

Carlos Moedas anunciou que, a partir de agora, deixará de haver número limite de vagas para os cientistas que decidam candidatar-se aos projetos e nem para a verba do programa: “Não queremos um limite. Queremos que a participação de Cabo Verde aumente”, frisou.

Atualmente, Cabo Verde usufrui de uma verba de 250 mil euros para o programa de ciência. “Queremos ter a ambição de, pelo menos, duplicar. Se triplicarmos, melhor ainda”, disse. O comissário prometeu colocar o seu “peso político” para a materialização nestes objetivos.

Após o encontro com o primeiro-ministro de Cabo Verde, Carlos Moedas encontrou-se com a ministra da Educação, Maritza Rosabol, e foi também recebido pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca.

Amanhã, o comissário português vai participar na abertura da conferência ministerial de alto nível “O nosso oceano atlântico para o crescimento e bem-estar”, na ilha de São Vicente. No mesmo dia, juntamente com o líder do executivo de Cabo Verde, irá participar na CV Next Initiative, na Praia de Laginha, da cidade do Mindelo. Carlos Moedas participará ainda na Ocean Week de Cabo Verde, na sexta-feira.

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