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Bruxelas quer reduzir papel do FMI nas crises europeias

Vice-presidente da Comissão Europeia defendeu, numa conferência em Lisboa, a necessidade de acelerar as reformas estruturais para que a zona euro esteja mais preparada para futuras crises.
1 Março 2018, 18h50

A Comissão Europeia quer acelerar a implementação de reformas estruturais nos países da zona euro, que permita ao bloco lidar com as suas próprias crises financeiras. O vice-presidente da Comissão Europeia afirmou, esta quarta-feira, que pretende que haja uma redução gradual do papel do Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Para que o FMI tenha um papel mais limitado em programas [de ajuda financeira] futuros, temos de estar prontos para resolver os nossos próprios problemas”, disse Valdis Dombrovskis, numa conversa com os cidadãos sobre a União Económica e Monetária, ao lado de Mário Centeno, no ISEG – Lisbon School of Economics and Management, moderada pelo Jornal de Negócios.

Dombrovskis considera que os Estados-membros têm, nesse sentido, de adotar reformas estruturais para que estejam preparados para enfrentar crises económicas e financeiras.

A economia europeia está num momento positivo que deve ser aproveitado para aprofundar as reformas estruturais entre os Estados-membros, de acordo com o vice-presidente da Comissão. “Estamos num momento crucial”, afirmou, apontando para a robustez do crescimento económico, para o crescimento do emprego e reforço do sistema bancário.

“Estamos num momento económico positivo e é importante aproveitá-lo para reforçar a união económica e monetária”, afirmou, considerando a hipótese de atribuir financiamento europeu aos Estados-membros para acelerar o processo.

“Mais cedo ou mais tarde, a crise vai chegar – porque a economia é cíclica – e temos de estar melhor e mais preparados”, acrescentou Dombrovskis.

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