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Bruxelas vai disponibilizar mais 30 milhões de euros para ajudar Líbano após explosão em Beirute

O apoio extraordinário vai juntar-se aos 33 milhões de ajuda de emergência prometidos pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, na última quinta-feira. 
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9 Agosto 2020, 16h23

A Comissão Europeia anunciou este domingo que vai disponibilizar mais 30 milhões de euros para ajudar o Líbano, após a explosão no porto de Beirute da passada terça-feira. O apoio extraordinário vai juntar-se aos 33 milhões de ajuda de emergência prometidos pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, na última quinta-feira.

Em comunicado, emitido após a videoconferência internacional de doadores de ajuda ao Líbano, a Comissão Europeia garantiu que a União Europeia (UE) vai “estar a lado da população do Líbano hoje e no longo prazo para a ajudar a recuperar” e prometeu enviar mais 30 milhões de euros para “ajudar a atender às necessidades imediatas das pessoas afetadas pela explosão mortal em Beirute em 4 de agosto”.

A explosão teve lugar num armazém onde 2.700 toneladas de nitrato de amónio estiveram armazenadas durante seis anos, no porto de Beirute, e provocou a morte de 158 pessoas. O incidente fez cerca de 6.000 feridos e há ainda dezenas de desaparecidos, segundo o último relatório divulgado pelas autoridades. Bairros inteiros e há centenas de milhares de desabrigados.

Os danos provocados pela explosão na capital libanesa poderão representar uma perda de 25% no produto interno bruto (PIB) do Líbano, de acordo com estimativas de economistas citados pela Reuters.

“A UE tem estado a ajudar o Líbano imediatamente após a explosão, mobilizando centenas de peritos de resgate e enviando ajuda médica para Beirute. Agradeço a todos os países europeus que puseram a solidariedade em ação. À medida que as necessidades aumentam, temos estado a assegurar apoio humanitário a centenas de milhares de pessoas entre os mais vulneráveis”, referiu o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarčič.

O comissário europeu referiu ainda que, “nestas horas críticas, a UE está a garantir abrigo, apoio médico de emergência, água e saneamento, e assistência alimentar”. As verbas prometidas pela Comissão Europeia serão canalizadas através de agências da Nações Unidas, organizações não-governamentais e outras organizações internacionais e o seu uso será “monitorizado rigorosamente”.

A conferência para ajuda ao Líbano foi convocada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, que apelou à comunidade internacional para “agir com rapidez e eficácia” para que a ajuda “vá muito diretamente” para a população libanesa.

A videoconferência coorganizada em poucos dias pela Organização das Nações Unidas (ONU) e França e que reúne cerca de 15 dirigentes, entre os quais o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, os primeiros-ministros de Espanha, Pedro Sánches, de Itália, Giuseppe Conte, e o secretário geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit.

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