Ex-Busy Angels lança fundo de 10 milhões de euros para investir em digital e sustentabilidade

O grupo de “anjos dos negócios” conhecido como Busy Angels despediu-se oficialmente do antigo nome e posicionamento e anunciou o seu terceiro fundo de investimento, desta vez, destinado a fases seed (“capital semente” para negócios em fase de implementação e organização de operações) e early stage (empresas que já demonstram recetividade no mercado).

A sociedade de capital de risco agora designada Bynd Venture Capital tem mais 10 milhões de euros, para investir em projetos nas áreas de digital (B2B e B2C) e sustentabilidade (na qual se incluem as ciências da vida e a cleantech) que tenham ligações à Península Ibérica. Ou seja, a venture capital deixou de focar-se em investimentos em pré-seed (“capital semente” para ideias ou empresas que estão a estudar a viabilidade do produto).

O mais recente fundo da Bynd Venture Capital, criado em apenas seis meses, quer lançar as cartas às startups que tenham uma relação direta com Portugal e/ou Espanha, independentemente de essa ligação surgir dos seus fundadores, investidores, da presença das equipas no terreno ou de centro tecnológico ibérico, por exemplo.

“Fizemos o primeiro fecho e estamos prontos para investir. Pretendemos realizar pelo menos 20 investimentos e temos capacidade de realizar rondas de follow on”, explica o sócio Francisco Ferreira Pinto. “Iremos completar o fundo muito brevemente e estamos em contacto com diversos investidores potenciais que nos têm abordado diretamente”, sublinha.

Fundada em 2010 como um grupo de business angels que realizava investimentos com fundos próprios, a Busy Angels acabou por profissionalizar-se e evoluir para uma sociedade gestora de capital de risco, registada na CMVM, em 2015. Atualmente, a Bynd Venture Capital, da qual o economista Luís Mira Amaral é chairman, tem um portefólio de 32 participadas e totaliza 7 milhões de euros investidos.

“Esta mudança expressa uma aposta de continuidade e sustentabilidade dos investimentos, sobre um passado com uma estrutura de negócio sólida, preparada e profissional, capaz de enfrentar os desafios de futuro num contexto mais desafiante, competitivo e global”, refere ainda Francisco Ferreira Pinto.