O turismo étnico, com o aproveitamento da chegada do povo judaico em Santo Antão, no século XIX, pode, ao lado do turismo ecológico, fazer desta ilha um destino de férias e passeio em Cabo Verde, perspetivam o governo e os próprios operadores.
Os operadores turísticos em Santo Antão acreditam que a presença dos judeus nesta ilha constitui “um potencial produto turístico” e “uma oportunidade” de promoção de Santo Antão, como “uma das ilhas mais belas do mundo”.
O próprio governo, no quadro do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS) de Cabo Verde (2017-2021), enaltece as condições que Santo Antão apresenta em termos de incremento deste tipo de turismo, defende a necessidade de se aproveitar a presença judaica em Santo Antão para a promoção desta região como um destino turístico.
O acervo patrimonial da herança judaica em Cabo Verde foi declarado, em julho de 2017, património histórico e cultural nacional (PHCN) pelo governo de Cabo Verde, uma classificação que, além de preservar a memória judaica no país, visou também potencializar este legado a nível turístico.
O presidente do Instituto do Património Cultural, Hamilton Jair Fernandes, aproveitando a sua estada em Santo Antão, visitou, segunda-feira, o cemitério judeu em Ponta de Sol, classificado como património nacional, tendo destacado a importância que a chegada do povo judaico teve para Cabo Verde.
Para este responsável, valorizar esse aspecto é “alavancar um nicho do turismo de alto valor acrescentado” no país.
Um total de 14.486 turistas visitou Santo Antão durante o primeiro trimestre de 2019, registando um aumento de mais de 61% em comparação com o período homologo de 2018.
Para o governo cabo-verdiano, Santo Antão é uma das ilhas onde o turismo mais tem crescido, nos últimos anos, encontrando-se esta região na “pelotão de frente” do turismo ecológico.
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