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Cabo Verde Airlines rejeita as acusações do Sitthur e reitera que está empenhada em resolver os problemas da empresa

O Conselho de Administração (CA) da Cabo Verde Airlines reafirmou que está a cumprir as condições acordadas no memorando de entendimento assinado em Abril e que está empenhada em resolver os problemas da empresa.
28 Maio 2018, 09h29

Em nota de imprensa divulgada hoje, na Cidade da Praia, o CA da empresa qualifica como “informação contraditória” o comunicado emitido na passada quinta-feira, 24, pelo Sindicato dos Transportes, Telecomunicações, Imobiliária e Turismo (Sitthur), na qual o sindicado considera “extremamente negativas” as medidas adoptadas pelo Governo com a reestruturação da TACV”.

“A Cabo Verde Airlines lamenta a informação contraditória dada pelo Sittur à imprensa e reforça que está a cumprir as condições acordadas no memorando de entendimento”, frisa o documento divulgado pelo Conselho de Administração da empresa.

Por isso, sublinha que regista com surpresa o comunicado emitido pelo Sittur, “por distorcer a realidade e ofuscar os esforços envidados pelo Governo e pela empresa, que está “empenhada, arduamente”, no sentido de resolver os “problemas estruturantes” que vêm prejudicando a empresa e o país há mais de uma década.

De igual forma, a administração lamenta e rejeita as “sinuosas” afirmações do sindicato, que, segundo a mesma fonte, apenas representa uma parte dos trabalhadores.

Em relação ao programa da pré-reforma, informa que 100% (por cento) dos aderentes já assinaram o acordo e que relativamente ao mútuo acordo, ainda em curso, mais de 70% dos interessados já assinaram o documento.

No âmbito da reestruturação da empresa, o Conselho de Administração da Cabo Verde Airlines indica que 78 trabalhadores, entre pilotos, pessoal navegante de cabine e de suporte operacional já assinaram o Acordo de Mudança de Base Operacional para a Ilha do Sal, dos quais 50 % já estão fixados na ilha.

“Todo esse processo, para além de oferecer as melhores condições possíveis, previamente negociadas com os trabalhadores, conta com um efectivo suporte logístico da companhia, visando a sua instalação naquela Ilha”, explica.

O comunicado termina considerando que implementação do Hub (plataforma aérea) tem sido um “esforço contínuo com inúmeros desafios a ultrapassar devido à qualidade de profissionais da companhia e que, mesmo assim, a reputação da empresa em mercados críticos tem melhorado através da pontualidade e utilização melhores práticas.

“Reiteramos, assim, o fiel cumprimento do memorando de entendimento e o foco em alcançar os objectivos traçados para tornar a Cabo Verde Airlines um caso de sucesso na
história da aeronáutica”, concluiu.

O Sitthur, na quinta-feira, 24, considerou que as medidas adoptadas para a reestruturação da TACV têm deixado consequências “extremamente violentas e dolorosas” para os trabalhadores e um aumento considerável no preço dos bilhetes, enquanto a população fica “desamparada” em caso de emergência.

Na altura, o presidente do Sindicato dos Transportes, Telecomunicações, Imobiliária e Turismo (Sitthur), Carlos Lopes, exortou o Governo a recuar nas medidas adoptadas com a reestruturação da TACV (Cabo Verde Airlines), por considerar “extremamente negativos” os resultados.

Por isso, recomendou ao Governo a “arrepiar caminho”, fazendo regressar a TACV internacional à Praia e São Vicente, para os transportes dos passageiros nacionais.

Relativamente à taxa de ocupação dos voos da companhia aérea nacional no Hub, a partir da ilha do Sal, Carlos Lopes disse que ainda é baixa, ressalvando que “não faz sentido menosprezar o tráfego aéreo na Cidade da Praia e São Vicente em detrimento de um “tráfego incerto”.

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