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Caixa teve lucro de 68 milhões de euros no primeiro trimestre

A Caixa Geral de Depósitos teve um lucro de 68 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, contra um prejuízo de 38,6 milhões no período homólogo de 2017, anunciou o banco público.
  • Cristina Bernardo
10 Maio 2018, 18h14

“O resultado líquido consolidado atingiu os 68,0 milhões de euros, superando os 38,6 milhões negativos registados no trimestre homólogo do ano anterior, bem como o resultado obtido em todo o ano de 2017 (51,9 milhões de euros)”, referiu a CGD em comunicado divulgado no site da CMVM.

A instituição liderada por Paulo Macedo acrescenta que, “após a conclusão com sucesso do 1º ano do Plano Estratégico CGD 2020, a CGD inicia 2018 com um trimestre de clara progressão no seu caminho de rendibilidade, eficiência e qualidade de ativos”.

A margem financeira teve uma descida de 1% para 294 milhões de euros, mas a margem financeira alargada manteve-se estável em 304 milhões de euros. Por sua vez, as comissões tiveram uma subida homóloga de 9% para 116 milhões de euros. Na operação em Portugal, o crescimento das comissões foi de 14%, frisou o administrador da Caixa, José Brito, em conferência de imprensa na sede do banco, em Lisboa.

Esta subida das comissões, numa altura de crescimento económico, ajudou a compensar a descida de 65% nos resultados de operações financeiras, que se ficaram pelos 28 milhões de euros. Por sua vez, as imparidades de crédito malparado também caíram, com a retoma da economia, com uma descida de 88% para apenas 13 milhões de euros.

A CGD manteve, no entanto, as medidas de redução de custos, com uma descida de 11% face ao primeiro trimestre do ano passado, para 239 milhões de euros. Esta redução teve lugar por via de um corte de 8,4% nos custos com pessoal, juntamente com ajustamentos de 12,5% e de 28,1% nos custos gerais administrativos e nas depreciações e amortizações.

Com estas medidas, o rácio de eficiência cost-to-core income fixou-se em 58%, evoluindo favoravelmente face aos trimestres anteriores.

Caixa reduziu NPL em 30% desde 2016

Segundo a apresentação de resultados do banco público, os chamados Non Performing Loans (NPL), que são créditos malparados definidos de acordo com os critérios da Autoridade Bancária Europeia, tiveram uma forte redução nos últimos 15 meses.

“A qualidade de ativos da CGD registou uma evolução favorável, com o montante de NPL a reduzir-se em 592 milhões de euros (-7,5% face a dezembro de 2017), dada a evolução positiva nas componentes de vendas, curas e recuperações. Nos últimos cinco trimestres a CGD reduziu os seus NPL em 3,3 mil milhões de euros, o equivalente a -30,9% se comparado com dezembro de 2016”, destaca o banco do Estado.

Rácios de capital acima de 13%

No final de março, os rácios de capital CET1 phased-in e fully implemented da CGD eram ambos de 13,6%. “Os rácios phased-in Tier 1 e Total situaram-se em 14,7% e 15,3%, respetivamente, cumprindo confortavelmente os requisitos de capital em vigor para a CGD”, frisou o banco.

Esclareceu que a redução de ativos ponderados pelo risco, durante o trimestre, proporcionou uma subida de 0,25% nos rácios de capital.

“A CGD tem como objetivo fazer bastante melhor do que está definido no plano estratégico”, disse Paulo Macedo na conferência de imprensa. “Os rácios têm melhorado de trimestre para trimestre”, salientou.

(Notícia em atualização)

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