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Calçado português: uma história de sucesso em 152 países

Este mês há uma nova promoção em Milão, Las Vegas, Londres e Paris.
  • Paulo Whitaker/REUTERS
10 Fevereiro 2018, 12h51

Noventa e quatro empresas portuguesas de calçado e artigos de pele participam de domingo a quarta-feira, em Milão, nas feiras internacionais Micam e Mipel, rumando ainda o setor, em fevereiro, a certames em Las Vegas, Londres e Paris.

Segundo a Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), em Milão, Portugal registará “uma das maiores presenças de sempre num evento no exterior”, com 90 empresas de calçado – responsáveis por mais de oito mil postos de trabalho e 500 milhões de euros de exportações – a marcarem presença na Micam e outras quatro a promoverem o “crescente setor” de artigos de pele na Mipel.

Para além de Milão, em fevereiro também Las Vegas, Londres e Paris são “destinos obrigatórios” para as empresas portuguesas do setor do calçado que, “em pouco mais de 20 dias”, participarão numa dezena de certames profissionais no exterior.

Segundo destaca a APICCAPS, estas presenças inserem-se na estratégia promocional definida com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), e apoiada pelo Programa Compete 2020, para consolidar a posição relativa do calçado português nos mercados externos.

“Desde 2009 as vendas de calçado português no exterior aumentaram mais de 50%. Fruto de uma aposta sem precedentes nos mercados internacionais, Portugal passou a exportar mais 700 milhões de euros, alargando ainda a geografia das exportações a mais de 20 novos destinos”, recorda a APICCAPS, avançando que o calçado português é atualmente comercializado em 152 países dos cinco continentes.

Para os próximos dois anos o setor português do calçado tem planeado um investimento de 31 milhões de euros em promoção externa, com duas centenas de empresas a participarem em mais de 110 ações promocionais no exterior.

Salto na internacionalização

Um consórcio de 23 empresas portuguesas da fileira do calçado vai investir perto de seis milhões de euros num projeto de inovação, qualificação/rejuvenescimento de quadros e reforço da imagem do ‘cluster’ para dar um “salto qualitativo” na internacionalização.

Designado “FAMEST Footwear, Advanced Materials, Equipment’s and Software Technologies − Calçado e tecnologias avançadas de materiais, equipamentos e ‘software’”, o projeto é cofinanciado pelo Programa Compete 2020, envolvendo um Investimento elegível de 5,9 milhões de euros que resultou num incentivo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) de 4,2 milhões de euros.

Liderado pela Kyaia, o consórcio abrange empresas de toda a cadeia de valor do setor – couros, palmilhas, solas, produtos químicos, ‘software’, equipamentos, logística e calçado – e ainda nove entidades de Investigação & Desenvolvimento (I&D) que visam assegurar “o desenvolvimento de resultados inovadores e a sua valorização económica pelos promotores nos mercados nacional e internacional”.

Na página da Internet do Compete 2020 o FAMEST é descrito como sendo, “na essência, um ‘cluster’ do calçado e moda que pretende apostar na internacionalização do calçado português”.

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