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Câmara de Famalicão já tem 350 empregos para os trabalhadores da Ricon

Disponibilidades de emprego manifestadas à Câmara Municipal de Famalicão por mais de duas dezenas de empresas. A autarquia vai agora fazer chegar ao Centro de Emprego de Vila Nova de Famalicão a informação que dispõe de forma a que seja acionada a ligação entre estas empresas e os funcionários da Ricon para eventual contratação.
5 Fevereiro 2018, 14h34

A Câmara de Vila Nova de Famalicão tem uma bolsa de disponibilidade imediata de 350 empregos para os trabalhadores da Ricon, manifestada à autarquia por cerca de duas dezenas de empresas famalicenses, grande parte delas do sector têxtil, disse a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão em comunicado.

A Câmara Municipal vai agora fazer chegar ao Centro de Emprego de Vila Nova de Famalicão a informação que dispõe de forma a que seja acionada a ligação entre estas empresas e os funcionários da Ricon para a sua eventual contratação.

Segundo a nota divulgada às redações, só a Coindu, empresa de capital alemão instalada na Vila de Joane direcionada para a produção de componentes têxteis para a indústria automóvel, tem abertas as portas para a contratação de 100 costureiras.

A Riopele é outro exemplo de uma empresa a necessitar de mão de obra do sector com 58 empregos disponíveis.

Já a Malhinter e a Scoop precisam no conjunto de preencher 35 novos postos de trabalho para a sua confeção.

Estes são algumas das disponibilidades manifestadas já pelas empresas da região para os trabalhadores do grupo Ricon, um dos principais empregadores da indústria têxtil do Vale do Ave, que confecionava as roupas da marca Gant e que entrou em insolvência e liquidação.

A Câmara de Famalicão disse ainda que há também exemplos de empresas de outros setores com necessidades ao nível dos recursos humanos que podem vir a absorver algumas das pessoas que se viram confrontadas com o desemprego na sequência do encerramento da Ricon. É o exemplo da Primor, empresa do ramo agroalimentar, que deu conhecimento à Câmara Municipal da necessidade de preenchimento de 46 novos postos de trabalho, 40 dos quais indiferenciados.

Esta verdadeira “chuva de empregos” começou a chegar à Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão logo a seguir às notícias que davam conta do encerramento da Ricon e na sequência do anúncio da abertura de uma linha de apoio destinada aos trabalhadores desta empresa por parte da Câmara Municipal, diz a nota.

“Fomos contactados por um conjunto de empresários famalicenses que nos manifestaram as disponibilidades que têm ao nível de recursos humanos e fomos também ao encontro de outros onde suspeitávamos da existência de necessidades a este nível”, diz o Presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha em comunicado, explicando que o processo não está encerrado e que “é muito provável que nos próximos dias esta bolsa de disponibilidades de emprego cresça ainda mais”.

As diligências da Câmara de Famalicão não se fizeram esperar: “Para além da bolsa de empregos que naturalmente surgiu na sequência das diligências efetuadas pela Câmara Municipal, a autarquia está a prestar apoio aos funcionários da Ricon ao nível do atendimento social, com encaminhamento das situações de eventual carência económica para os apoios e programas disponíveis a esse nível no território, ao nível do apoio psicológico e ao nível do apoio à reconversão profissional dos trabalhadores, através do encaminhamento para o programa Qualifica onde os trabalhadores podem adquirir novas competências para a sua inserção noutros setores profissionais ou para o relançamento das suas carreiras profissionais”.

A autarquia lembra que nos últimos anos “o município de Vila Nova de Famalicão, através do desenvolvimento do programa Famalicão Made IN, estreitou de forma reconhecidamente muito significativa os laços de cumplicidade e de cooperação entre a autarquia, as empresas e as instituições do concelho, a que não é seguramente alheia esta fluidez de informação e de cooperação que se está a assistir no concelho na sequência do encerramento da Ricon”.

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