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Campanhas de ‘crowdfunding’ da família de George Floyd angariam mais de 8 milhões de euros

Os irmãos do cidadão afro-americano que faleceu em Minnesota criaram páginas de angariação de fundos para pagar despesas de viagem e educação dos filhos.
2 Junho 2020, 19h42

A morte do cidadão afro-americano George Floyd, asfixiado por um polícia em Minneapolis, no estado de Minnesota, colocou os Estados Unidos em polvorosa. A projeção que o acontecimento teve nas redes sociais e na comunicação social levou milhares de centenas às ruas e está também a gerar uma onda de solidariedade com a angariação fundos online.

Há cinco dias, o irmão de George Floyd, Philonise Floyd, criou uma página na plataforma GoFundMe para que a família, que reside em Houston, consiga pagar as despesas legais, as viagens até Minnesota e a educação dos filhos. Philonise Floyd esperava arrecadar 1,5 milhões de dólares (cerca de 1,3 milhões de euros) mas, por volta das 19h30 desta terça-feira, já se somavam 9.638.600 dólares (aproximadamente 8,6 milhões de euros).

A cada minuto, a campanha de angariação de fundos continua a ganhar doadores. Segundo os familiares de George Floyd, 100% do dinheiro arrecadado no âmbito deste memorial fund, que está a ser gerido pelo escritório de advogados da família, será destinado aos fins suprarreferidos.

Já a irmã mais nova de George Floyd, Bridgett Floyd, criou outra página no GoFundMe para reunir verbas para pagar despesas associadas ao seu funeral e, neste momento, contabiliza-se mais de 285 mil dólares levantados – um valor superior aos 5 mil dólares que esperava conseguir.

Barack Obama foi uma das figuras internacionais que apelou à ação. O ex-presidente norte-americano desafiou ainda ao trabalho conjunto e admitiu que o aumento do ativismo jovem nas últimas semanas o deixou “esperançoso”. “Reconheço que estes últimos meses foram difíceis e desanimadores – que o medo, a tristeza, a incerteza e as dificuldades de uma pandemia foram agravados por lembretes trágicos de que preconceito e desigualdade ainda moldam muito a vida americana (…). Se, daqui para frente, pudermos canalizar a nossa raiva justificável em ações pacíficas, sustentadas e eficazes poderá ser um verdadeiro ponto de viragem na longa jornada da nossa nação para cumprir os nossos ideais”, escreveu, num artigo de opinião publicado ontem.

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