A Casa Branca anunciou na passada quinta-feira, 17 de outubro, que a próxima cimeira do G7 se vai realizar no complexo de golfe National Doral, em Miami, entre os dias 10 e 12 de junho do próximo ano. Este campo de golfe é uma das propriedades do presidente norte-americano Donald Trump.
A notícia foi avançada por Mick Mulvaney, chefe de gabinete do ex-empresário, que garantiu que Donald Trump não vai obter lucro ao hospedar os líderes das maiores potências ocidentais numa das suas propriedades. À BBC, Mulvaney sustentou que a marca Trump é “forte o suficiente” e não precisa de impulso para obter lucros maiores, sendo ainda “o nome mais reconhecido da língua inglesa”.
O ‘New York Post’ avança que a sugestão do local foi dada pelo próprio presidente dos EUA, sendo que após uma análise de diversas localizações, verificou-se que o campo de golfe “foi a localização física perfeita para a reunião”. “É como se tivessem construído estas instalações para sediar este tipo de eventos”.
Mulvaney admitiu na conferência de imprensa que no início estava contra o evento ser numa das propriedades detidas pelo presidente norte-americano, mas após verificarem outros locais garantiu que o National Doral era “dramaticamente mais baratos” que outras localizações.
“Eles adoram a localização do hotel, mas também gostam do facto de ser ao lado do aeroporto, por uma questão de conveniência”, sustentou Trump ainda em Biarritz quando apresentou a sugestão para a reunião de 2020.
No entanto, os democratas já se colocaram contra a realização do evento nas propriedades de Donald Trump, uma vez que a escolha desta localização pode violar as cláusulas de Emolumentos Internacionais e Estrangeiros previstos na Constituição dos EUA. Estas cláusulas impedem que o presidente de lucrar com o seu lugar na presidência do país.
O deputado Jerrold Nadler afirmou que a escolha de National Doral “está entre os exemplos mais descarados da corrupção do presidente. Ele está a explorar o seu escritório e a tomar decisões oficiais do governo dos EUA para seu proveito financeiro pessoal”.
Mulvaney sustentou que o tema das alterações climáticas não vai estar na agenda como tema a discutir, sendo que o tema central do evento será o crescimento global e como os EUA são um exemplo de modelo de prosperidade. Donald Trump pode ainda convidar a Rússia para participar na reunião do G7, existindo a possibilidade que esta volte a ser o G8.
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