O Canadá condenou sábado o assassínio do jornalista saudita Jamal Khashoggi e considerou que as explicações de Riade não são “nem credíveis nem consistentes”, reclamando uma “investigação aprofundada”.
A Arábia Saudita admitiu, no sábado, 17 dias após o desaparecimento de Jamal Khashoggi, que o jornalista foi morto dentro do consulado do reino em Istambul, na Turquia, após uma luta, mas sem revelar onde se encontra o seu corpo.
“As explicações dadas até agora não são consistentes ou confiáveis”, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Chrystia Freeland, numa publicação na rede social Twitter no sábado .
“Reiteramos nosso apelo por uma investigação aprofundada, conduzida em total cooperação com as autoridades turcas, e um relato completo e rigoroso das circunstâncias em torno da morte de Khashoggi”, acrescentou, defendendo que “os responsáveis por este assassínio devem responder pelas suas ações e enfrentar a Justiça”.
A ministra também expressou as condolências do Canadá a Hatice Cengiz, a noiva do jornalista, à família e amigos.
Jamal Khashoggi, de 60 anos, entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 02 de outubro para obter um documento para casar com uma cidadã turca e nunca mais foi visto.
Jornalista saudita residente nos Estados Unidos desde 2017, Khashoggi era apontado como uma das vozes mais críticas da monarquia saudita.
A Arábia Saudita reconheceu no sábado que o jornalista foi morto no seu consulado em Istambul durante uma luta, referindo que 18 sauditas estão detidos como suspeitos, segundo a agência oficial de notícias SPA.
A mesma agência revelou também que um conselheiro próximo do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, foi demitido, juntamente com três líderes dos serviços de informação do reino e oficiais.
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