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Tal como Centeno, candidata espanhola ao FMI retira-se da votação

Tal como o ministro das Finanças português, a ideia de Nadia Calviño é facilitar que os parceiros europeus encontrem um nome consensual. Apesar de estar fora da votação, Mário Centeno continua disponível para ser uma solução europeia para o FMI.
  • Flickr/Plamen Stoimenov (EU2018BG)
2 Agosto 2019, 11h17

Terminou sem consenso a primeira ronda de votações entre os países europeus para escolher um candidato para o Fundo Monetário Internacional (FMI), avança o El País esta sexta-feira, 2 de agosto.

Uma nova ronda de votação entre os ministros das Finanças da União Europeia vai agora avançar, segundo o jornal espanhol.

Esta ronda vai avançar sem nenhum candidato pelo sul da Europa, depois da ministra das Finanças de Espanha anunciar a retirada do seu nome da segunda ronda de votação, tal como fez Mário Centeno.

Tal como o ministro das Finanças português, a ideia de Nadia Calviño é facilitar que os parceiros europeus encontrem um nome consensual.

A ter lugar, a segunda ronda de votação vai assim ter lugar com três nomes: o holandês Jeroen Dijsselbloem, antigo ministro das Finanças da Holanda e ex-presidente do Eurogrupo; a búlgara Kristalina Georgieva, diretora do Banco Mundial; o finlândes Olli Rehn, antigo comissário europeu e governador do Banco da Finlândia.

Para ganhar o direito de viajar para a sede do FMI em Washington, um destes nomes precisa de obter uma maioria qualificada por parte dos parceiros europeus.

“Espanha está sempre disposta a promover o consenso entre os países da União Europeia para eleger uma candidatura comum à direção do FMI. Com esse fim, anunciamos que o Governo aposta no alcançar de um acordo europeu, sem que a ministra da Economia Nadia Calviño participe na fase seguinte”, disseram fontes do Governo espanhol ao El País.

“O Governo de Pedro Sanchez segue a trabalhar para impulsionar a governação dos organismos internacionais e considera uma honra que qualquer dos seus membros possa ser considerado, agora e no futuro, como uma garantia ao mais alto nível para o seu funcionamento, de acordo com as fontes do Palácio de Moncloa.

Na quinta-feira à noite, antes da votação, Mário Centeno anunciou que não iria entrar na votação, apesar de permanecer disponível para o FMI.

“Eu quero ajudar a encontrar um consenso, portanto não vou tomar parte nesta fase do processo (o voto de amanhã). Estou disponível para trabalhar em prol de uma solução que seja aceitável para todos”, afirmou.

Caso os parceiros europeus não consigam eleger nenhum dos nomes na votação, e se os países europeus decidirem negociar para encontrar um candidato consensual, então Mário Centeno continua disponível para ser nomeado, num cenário com menos crispação entre os parceiros europeus, explicou fonte próxima do Governo ao Jornal Económico.

Mário Centeno não vai a votos mas continua na corrida ao FMI

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