Carregamento dos passes municipais de Lisboa tiveram disparo de 481% em maio

No mês de maio o país passou de Estado de Emergência para Estado de Calamidade, o que significou a reabertura de muitas empresas e lojas e consequentemente um aumento do número de pessoas que utiliza os transportes públicos nas suas deslocações diárias.

De acordo com os dados recolhidos pela Área Metropolitana de Lisboa (AML), o maior aumento percentual verificou-se nos passes Navegante municipais, que só permitem as deslocações nos municípios de residência.

No mês de maio foram carregados perto de 23 mil passes municipais em Lisboa, representando um aumento de 481% em comparação com abril, e sete mil Navegantes em outros municípios da AML, correspondendo a um aumento de 223%.

Foram vendidos mais de 218 mil passes Navegante durante o mês de maio, “o que corresponde a 30% dos que foram adquiridos, em média, durante o primeiro trimestre de 2020”.

Para chegar a estes números, a AML analisou os carregamentos efetuados entre 26 de abril e 22 de maio. Os mesmos dados indicam que, em comparação com o mês de abril, os carregamentos mostram “uma retoma significativa na utilização do serviço público de transportes de passageiros na área metropolitana de Lisboa”.

Também no mês em análise, foram vendidos mais de 152 mil passes Navegantes Metropolitano, que liga os arredores à cidade de Lisboa. Este valor significa um aumento de 216% face ao mês anterior, enquanto também foram vendidos 37 mil passes Navegantes +65, correspondendo a um acréscimo de 171%.

Os dados do primeiro trimestre de 2020 já destacavam uma tendência de crescimento face aos períodos homólogos de 2019, uma vez que muitos habitantes da AML começaram a optar pela deslocação nos transportes públicos devido à redução do preço dos passes mensais.

No entanto, o mês de abril verificou uma quebra na venda dos passes, mostrando uma das consequências do Estado de Emergência nacional e o confinamento obrigatório. Segundo os dados da AML, “as vendas dos passes Navegante tiveram quebras na ordem dos 91%”, tendo sido vendidos 67.700 passes.

Esta quebra no pagamento dos passes levou a que muitas empresas de transportes da AML apelassem ao carregamento dos passes, uma vez que verificaram fortes quebras nas receitas.