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Casa Branca diz que EUA são “líderes” na batalha contra a Covid-19. Registam-se mais de 40 mil infetados por dia

Dos 50 estados norte-americanos, cerca de 40 estão a verificar aumentos em novos casos mas a secretária de imprensa de Donald Trump, Kayleigh McEnany, afirmou “acho que o mundo encara-nos como líderes na Covid-19”.
  • Estados Unidos
7 Julho 2020, 12h19

A Casa Branca alegou esta segunda-feira, 6 de julho, que os Estados Unidos têm sido “um líder” na batalha global contra o novo coronavírus, ainda que o número de infeções já tenha ultrapassado os três milhões de infetados, avança o ‘The Guardian’. Desde a semana passada que os Estados Unidos têm observado mais de 40 mil infetados diários, verificando o maior número de infeções.

Dos 50 estados norte-americanos, cerca de 40 estão a verificar aumentos em novos casos mas a secretária de imprensa de Donald Trump, Kayleigh McEnany, afirmou “acho que o mundo encara-nos como líderes na Covid-19”. Esta declaração parece contrastar com o alarme dado pelo médico de saúde pública, Anthony Fauci, que assumiu que os Estados Unidos não têm as novas infeções sob controlo, sendo essa uma das razões pela qual a União Europeia não incluiu os Estados Unidos na lista de viajantes permitidos.

Partes da Florida, do Arizona e do Texas, estados que verificaram acréscimos significativos de novos casos, já começaram a reverter a abertura económica. No fim-de-semana a Florida ultrapassou os 200 mil casos mas o governador admitiu em conferência de imprensa que o número de casos “estabilizou”, uma declaração que não parece corresponder aos números divulgados pela Universidade John Hopkins que tem acompanhado a evolução mundial.

Alguns presidentes das câmaras dos estados mais afetados têm receio que o feriado de 4 de julho, conhecido pela celebração da independência do país e por muitos ajuntamentos públicos, tenha piorado a situação dos Estados Unidos e que possa vir a lotar os hospitais, sendo que alguns já se encontram perto da rutura.

As autoridades de saúde sustentam que o aumento de infeções se está a verificar nas classes etárias mais baixas, nomeadamente entre os 20 e os 30 anos de idade, devido às idas a restaurantes, bares e discotecas que entretanto já reabriram. As infeções nesta faixa etária estão a preocupar as autoridades sanitárias norte-americanas pelo potencial de infeção que representam.

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