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Casa Branca garante que Trump não considera despedir procurador especial

“A Casa Branca volta a confirmar que o Presidente não está a considerar ou a discutir o despedimento do procurador especial, Robert Mueller”, afirmou, num comunicado, o advogado da administração norte-americana Ty Cobb.
19 Março 2018, 08h28

A Casa Branca garantiu este domingo que o Presidente norte-americano não está a considerar despedir o procurador especial, Robert Mueller, após críticas duras de Donald Trump ao responsável pela investigação a alegadas interferências russas nas eleições presidenciais.

“A Casa Branca volta a confirmar que o Presidente não está a considerar ou a discutir o despedimento do procurador especial, Robert Mueller”, afirmou, num comunicado, o advogado da administração norte-americana Ty Cobb.

O esclarecimento surge depois de este domingo Trump ter lançado duras críticas a Mueller, exortando os eleitos republicanos a estarem alerta contra a sua eventual recondução, que considera fora de questão.

Dois dias após o despedimento do ex-número dois do FBI, Andrew McCabe, que pretendia desde há meses, o Presidente dos EUA referiu este domingo ser vítima de uma “caça às bruxas”, numa nova vaga de ‘tweets’ (mensagens na rede Twitter).

Antigo patrão do FBI, Robert Mueller investiga sobre as suspeitas de conluio entre a equipa de campanha de Trump e a Rússia nas eleições presidenciais de 2016, mas tenta também determinar de o Presidente pode ser indiciado por entrave à justiça devido à sua decisão de afastar o então diretor do FBI, James Comey, em maio de 2017.

“Por que motivo a equipa Mueller inclui 13 democratas endurecidos, alguns grandes apoiantes de Hillary a crápula, e zero republicanos? Um outro democrata foi recentemente acrescentado… Alguém pensa que isto é justo? E no entanto não existiu conluio!”, escreveu Trump no seu ‘tweet’, ao considerar que este inquérito “nunca deveria ter sido iniciado”.

A equipa de Mueller tenta, há mais de dois meses, negociar com os advogados de Trump para interrogar o Presidente, que já garantiu que está pronto para testemunhar.

Mas a Casa Branca está interessada em encerrar este assunto o quanto antes, e os advogados de Trump exigem a Mueller que fixe uma data para concluir a investigação, em concreto 60 dias após o interrogatório ao Presidente.

As mensagens de Trump sobre a investigação de Mueller alarmaram vários membros do Congresso, entre eles o democrata Mark Warner, que pediu a “todos” os eleitos, de ambos os partidos, que “defendam o procurador especial, agora mesmo”.

Já o senador republicano Lindsay Graham disse à cadeia CNN que, se Trump tentasse afastar Mueller, “esse seria o princípio do fim da sua presidência, porque os EUA respeitam a lei”.

Outro congressista republicano, Trey Gowdy, recomendou a Trump que, se é inocente, “aja como tal”, em vez de atacar o responsável pela investigação.

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