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Catalunha: Governo português apela a “diálogo democrático”

Ministério liderado por Augusto Santos Silva admite “complexidade da situação e dos resultados” mas expressou o desejo de um “diálogo responsável e democrático”.
22 Dezembro 2017, 14h34

O Governo português reagiu hoje ao escrutínio na Catalunha, através do ministério dos Negócios Estrangeiros, registando “a expressiva participação popular e o elevado grau de civismo com que decorreram as eleições autonómicas na Catalunha, que refletem o desejo dos catalães de encontrar soluções para o seu futuro”.

O ministério liderado por Augusto Santos Silva admite no “a complexidade da situação e dos resultados” mas aposta “num diálogo responsável e democrático”, salientando que o mesmo “será essencial para encontrar soluções de governação para a Catalunha, preservando a soberania de Espanha e assegurando plenamente os direitos e liberdades da sua cidadania”.

Os partidos que defendem a independência da Catalunha obtiveram nas eleições autonómicas de quinta-feira uma maioria absoluta no parlamento catalão e prometem manter o desafio secessionista a Madrid.

Nas eleições, os partidos independentistas obtiveram 70 dos 135 lugares do parlamento, um número que sobe para 78 lugares se forem contabilizados os defensores de um novo referendo legal (partidos independentistas mais CatComú-Podem).

No entanto, o partido vencedor das eleições foi o Cidadãos, mas a cabeça de lista, Inés Arrimadas, admitiu que não poderá ser chefe do governo regional, considerando a “lei injusta” que “dá mais lugares a quem tem menos votos” na rua.

O escrutínio realizado nesta região autónoma de Espanha registou uma participação histórica, com mais de 81% dos cidadãos catalães a ir às urnas, facto que também foi registado pelo ministério tutelado por Augusto Santos Silva.

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