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Catástrofes naturais custam à economia mundial 650 mil milhões. EUA responsável por dois terços do valor

Segundo a consultora Morgan Stanley, os Estados Unidos suportam grande parte dos custos, totalizando 415 mil milhões de dólares, ou seja, 0,66% do PIB norte-americano.
  • Jonathan Ernst/REUTERS
15 Fevereiro 2019, 10h50

Os desastres naturais relacionados com o clima custaram ao mundo 650 mil milhões de dólares (574 mil milhões de euros) últimos três anos, e os Estados Unidos da América são os principais contribuidores para este valor, de acordo com um novo relatório do Morgan Stanley, citado pelo ”CNBC”.

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Enquanto os governos e as corporações tomam medidas para reduzir os impactos das alterações climáticas, a consultora Morgan Stanley diz que as empresas precisam de se preparar para um planeta dominado pelas alterações climáticas mais frequentes e intensas, como o aumento do nível do mar, mudanças na agricultura e disseminação de doenças contagiosas.

Os 650 mil milhões de dólares é um valor somado ao longo de três anos e que totaliza pouco mais de um quarto de 1% do PIB mundial, referem os analistas. O banco de investimentos adverte que a situação só pode piorar, observando que os danos associados ao aquecimento global podem somar 54 milhares de milhões de dólares (47 milhares de milhões de euros) até 2040, segundo um painel da ONU composto pelos principais cientistas do clima do mundo.

Até agora, os Estados Unidos suportam grande parte dos custos. A Morgan Stanley diz que desastres relacionados com o clima, como furacões e incêndios florestais, custaram aos EUA 415 mil milhões de dólares (367 mil milhões de dólares), ou seja dois terços do total global. Isso traduz-se em 0,66% do PIB norte-americano.

Na semana passada, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica afirmou que 14 desastres climáticos custaram ao país 91 mil milhões doláres (80 mil milhões de euros) em 2018, o quarto ano mais quente do planeta Terra.

A avaliação chega num momento em que os EUA estão numa encruzilhada sobre as mudanças climáticas. Foi apresentado o mais recente ”Green New Deal” pelos democratas congressistas para reformar a economia dos EUA num prazo de 10 anos.

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Enquanto isso, o presidente Donald Trump continua a lançar dúvidas sobre o consenso entre cientistas do clima e agências do governo dos EUA de que as emissões de gases do efeito estufa causadas pela atividade humana estão aquecendo o planeta. A sua administração, apoiada pelos republicanos do Congresso, tem como objetivo impulsionar a produção de combustíveis fósseis e promover uma ampla reversão das políticas da era Obama, que visam reduzir as emissões dos EUA.

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