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CDS: Cristas encerra congresso com interior e igualdade de género como bandeiras e aponta caminho às europeias

Assunção Cristas encerrou o congresso confiante na capacidade do CDS-PP ser alternativa de governação e fez saber que a lista liderada por Nuno Melo ao Parlamento Europeu integrará também Pedro Mota Soares, Raquel Vaz Pinto e Vasco Weinberg.
11 Março 2018, 15h03

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, encerrou este domingo o congresso do CDS, onde elegeu a demografia, o território e a inovação como áreas prioritárias de intervenção do partido, bem como a ‘bandeira’ da igualdade género e apontou baterias às eleições para o Parlamento Europeu, em 2019.

No discurso de encerramento do 27.º Congresso do CDS-PP, em Lamego, no distrito de Viseu, uma localização para sinalizar a importância de respostas à interioridade, Assunção Cristas destacou, na área do território, a ideia de um “estatuto fiscal para o interior” e insistiu na criação de “melhores condições regulatórias”.

“O interior da nossa visão não se desenvolve com mais políticos, mais entidades, mais institutos, mais burocracia! O interior desenvolve-se fazendo dele uma zona franca regulatória, o sítio da Europa onde mais facilmente se pode testar uma ideia, o local privilegiado para crescer e fazer crescer”, defendeu.

A líder centrista propôs “um estatuto fiscal de benefício para o interior e uma verdadeira zona franca regulatória para que a inovação possa florescer”.

“Não podemos continuar a ter dois países, um litoral mais rico e um interior extremamente abandonado. Há quem diga que o interior é para passar férias, que não vale votos. Não pensamos assim no CDS. Desde a nossa fundação somos um partido nacional, que preserva e aposta no território e no mundo rural. Sabemos que todos somos Portugal!”, argumentou Assunção Cristas.

O discurso de Assunção Cristas, que com um tom assertivo procurou mostrar o CDS-PP como uma alternativa na governação de Portugal, encontrou na igualdade de género outra bandeira. A líder centrista assumiu defender a paridade na política e nas empresas e disse que deixará de responder a questões sobre a forma como concilia trabalho e família até a mesma pergunta ser colocada aos homens.

“Nesta matéria permitam-me um parêntesis para uma nota mais pessoal: tomei a decisão de não responder mais a questões sobre como concilio trabalho e família, até ao momento em que essa mesma questão seja colocada aos homens que são pais e têm uma vida profissional e pública ativa”, afirmou.

Para a líder do CDS, não é possível “continuar a ter um país em que mais de metade da população são mulheres”, em que 61% do ensino superior é feminino, que está, no entanto, muito longe da paridade na política ou na direção das empresas e instituições”.

“É tempo de mudar e estou convencida que uma parte muito substancial da questão tem precisamente a ver com a compatibilização trabalho/família e o papel dos homens nesta equação”, argumentou.

Ponto fulcral no discurso da sucessora de Paulo Portas na liderança do CDS-PP foi anúncio de mais dois nomes na lista encabeçada por Nuno Melo às eleições europeias de 2019.

A presidente do CDS-PP, fez saber que a lista liderada por Nuno Melo ao Parlamento Europeu integrará também Pedro Mota Soares, antigo ministro da Solidariedade, Trabalho e da Segurança Social entre 2011 e 2015, Raquel Vaz Pinto e Vasco Weinberg.

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