[weglot_switcher]

CDS-PP acompanha Chega e vota contra Orçamento Suplementar na generalidade

A decisão foi anunciada pelo presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, que considera que a proposta orçamental apresentada pelo Governo não dá resposta ao caderno reivindicativo de vários setores da economia e não acautela as preocupações da sociedade portugueses após a pandemia da Covid-19.
  • António Pedro Santos/Lusa
17 Junho 2020, 13h37

O CDS-PP vai votar contra o Orçamento Suplementar, que é esta quarta-feira votado na generalidade na Assembleia da República. A decisão foi anunciada pelo presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, que considera que a proposta orçamental apresentada pelo Governo não dá resposta ao caderno reivindicativo de vários setores da economia e não acautela as preocupações da sociedade portugueses após a pandemia da Covid-19.

“O voto do CDS no Orçamento Retificativo será um voto com memória da auscultação que fizemos no terreno aos barbeiros, aos empresários na área da restauração, dos ginásios, da hotelaria e do turismo. O CDS votará com memória contra este Orçamento Retificativo por não ver nele vertidas as preocupações e o caderno reivindicativo destes setores, como de outro pequenos e micro empresários e das famílias que passam dificuldades”, anunciou Francisco Rodrigues dos Santos.

O líder do CDS-PP lamenta que a proposta orçamental não assegure o alargamento do regime de lay-off simplificado até ao final do ano nem elimine os pagamentos por conta e insiste na necessidade de se duplicarem os valores das linhas de crédito, com “uma percentagem garantida a fundo perdido pelo Estado”, e se ajustarem as tabelas de retenção da fonte em sede de IRS.

“Nestes termos o voto do CDS-PP é já previsível”, sublinhou Francisco Rodrigues dos Santos.

O voto contra do CDS-PP veio junta-se ao voto contra do Chega ao Orçamento Suplementar. No entanto, a votação não vai interferir na aprovação da proposta orçamental na generalidade e, consequentemente, a passagem à discussão na especialidade. Isto porque o Partido Social Democrata (PSD), o Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista (PCP) já admitiram viabilizar o documento nesta primeira fase, através da abstenção.

A partir de quinta-feira deverá arrancar a fase de especialidade, com audições de secretários de Estado do Ministério da Saúde, e, no dia seguinte, com secretários de Estado do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Os partidos até ao dia 24 para apresentar propostas de alteração na especialidade. Nos dias 30 de junho e 1 de julho, decorrem as votações na especialidade, estando a votação global está prevista para o dia 3 de julho.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.