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CDS-PP lamenta fim das reuniões do Infarmed “numa altura em que a crise de saúde pública não está resolvida”

António Carlos Monteiro realçou que decisão anunciada pelo Presidente da República foi tomada depois de na reunião anterior os especialistas terem contrariado teses de António Costa e de Rui Rio ter dito que o modelo estava esgotado.
8 Julho 2020, 14h08

O vice-presidente do CDS-PP António Carlos Monteiro criticou a decisão de acabar com as reuniões quinzenais de apresentação da situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal, anunciada minutos antes pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à saída da décima e última sessão realizada no Infarmed. “Não podemos deixar de lamentar que numa altura em que a crise de saúde pública não está resolvida, e depois de especialistas terem contrariado as teses do primeiro-ministro na reunião anterior, vemos o presidente do maior partido da oposição dizer que as reuniões passaram a ser dispensáveis”, disse o ex-deputado centrista.

Defendendo que as reuniões no Infarmed são “importantes para construir consensos políticos”, António Carlos Monteiro apelou a que a informação científica sobre a evolução da pandemia continue a ser fornecida aos partidos políticos e a que “seja ponderada a reativação” das reuniões quinzenais.

António Carlos Monteiro disse também que as apresentações feitas por especialistas nesta quarta-feira comprovaram que “não há nenhum milagre português”, na medida em que só se encontra atrás da Suécia, “que nunca fez confinamento”, no que toca a casos de infeção por Covid-19 por milhão de habitantes.

“Os portugueses pagaram o preço do confinamento em falências e desemprego, e estamos a ver que não houve o efeito desejado”, disse o vice-presidente do CDS-PP, realçando que “Portugal está na lista negra dos destinos turísticos”, pelo que se exigem medidas governamentais para auxiliar o setor turístico.

Quanto à evolução da pandemia, António Carlos Monteiro disse que a situação em Lisboa continua com taxas de contágio “acima do desejado e a arrastar o resto do país”, contrariando as teses defendidas pelo Governo.

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