O vice-presidente do CDS-PP António Carlos Monteiro criticou a decisão de acabar com as reuniões quinzenais de apresentação da situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal, anunciada minutos antes pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à saída da décima e última sessão realizada no Infarmed. “Não podemos deixar de lamentar que numa altura em que a crise de saúde pública não está resolvida, e depois de especialistas terem contrariado as teses do primeiro-ministro na reunião anterior, vemos o presidente do maior partido da oposição dizer que as reuniões passaram a ser dispensáveis”, disse o ex-deputado centrista.
Defendendo que as reuniões no Infarmed são “importantes para construir consensos políticos”, António Carlos Monteiro apelou a que a informação científica sobre a evolução da pandemia continue a ser fornecida aos partidos políticos e a que “seja ponderada a reativação” das reuniões quinzenais.
António Carlos Monteiro disse também que as apresentações feitas por especialistas nesta quarta-feira comprovaram que “não há nenhum milagre português”, na medida em que só se encontra atrás da Suécia, “que nunca fez confinamento”, no que toca a casos de infeção por Covid-19 por milhão de habitantes.
“Os portugueses pagaram o preço do confinamento em falências e desemprego, e estamos a ver que não houve o efeito desejado”, disse o vice-presidente do CDS-PP, realçando que “Portugal está na lista negra dos destinos turísticos”, pelo que se exigem medidas governamentais para auxiliar o setor turístico.
Quanto à evolução da pandemia, António Carlos Monteiro disse que a situação em Lisboa continua com taxas de contágio “acima do desejado e a arrastar o resto do país”, contrariando as teses defendidas pelo Governo.
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