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CDS-PP quer debate sobre fusão de escolas na Madeira, Somos Todos Monte é contra fusões na freguesia

O CDS-PP Madeira diz que a maneira como foi proposta a fusão das escolas pelo Governo Regional revela falta de bom senso. O Somos Todos Monte refere que num cenário de encerramentos dos edifícios escolares da freguesia isso vai colocar dificuldades acrescidas às famílias.
29 Junho 2018, 10h31

O CDS-PP Madeira diz que a proposta da Secretaria Regional da Educação, “feita à socapa e sem debate prévio”, revela “falta de bom senso” acrescentando que os centristas se vão opor à fusão e encerramento de escolas se não existir “um debate profundo e antecipado sobre o assunto”. Já o Somos Todos Monte revela-se contra a decisão do Governo Regional de fusão das escolas da freguesia.

Para o CDS-PP um assunto como a fusão e ou extinção de escolas tem “fortes implicações” na vida tanto de alunos, docentes como de auxiliares de educação e defende por isso um debate profundo e antecipado sobre este assunto.

O presidente do CDS-PP Madeira, António Lopes da Fonseca, afirma que lançar este tema à socapa e sem debate prévio, como fez o Governo Regional, revela no mínimo “falta de bom senso” referindo que os centristas “serão contra fusão e ou extinção de escolas se não existir um debate sobre o assunto”.

António Lopes da Fonseca diz que a Madeira é a “região do país com a maior taxa de abandono escolar ao nível do ensino secundário” e acusa o executivo regional de perante esta situação “assobia para o lado e avança com decisões que vão com certeza contribuir para um aumento do abandono escolar precoce e da desertificação de algumas freguesias”.

Já o Somos Todos Monte diz que é contra a fusão de escolas na freguesia. “A acontecer o encerramento do edifício escolar e transferência dos alunos para outra instituição, estamos perante uma situação completamente inaceitável visto que isso criará problemas acrescidos às famílias e estudantes uma vez que as áreas de quotas mais altas que são actualmente servidas pela Escola do Tanque não têm transporte público directo entre essas áreas e a Escola da Piedade”, afirma.

O Somos Todos Monte diz que mesmo que não se encerre os edifícios das Escola do Curral das Freiras e Fajã da Ovelha, “a redução da autonomia é completamente inaceitável” visto que vai “reduzir a qualidade do ensino” e ainda “a capacidade de adequação do ensino às particularidades muito concretas das áreas de actuação das escolas”.

“No caso do específico da freguesia do Monte existem diferenças sócio-culturais muito significativas entre as duas áreas de actuação das duas escolas que se pretende agora a fusão e assim sendo as perdas potenciais de qualidade de ensino são muito significativas”, alerta.

O Somos Todos Monte diz que parecem existir “silenciamentos políticos de escolas” que estiveram desalinhadas as políticas da Secretaria como aconteceu com a Escola do Curral das Freiras e a do Tanque.

“Se isto for realmente o caso, então estamos perante uma situação completamente inaceitável num estado de direito democrático”, afirma. caso se confirme este cenário o Somos Todos Monte pede a exoneração de função de Jorge Carvalho, secretário regional da Educação.

Jorge Carvalho já tinha esclarecido que em causa está a fusão de órgãos de gestão e que em termos de funcionamento as escolas vão funcionar da mesma maneira. o governante referiu ainda que o objectivo das fusões, se deve a demografia, e que se pretende ganhos de dimensão e de uma melhor gestão da oferta formativa.

As fusões das escolar “não vai implicar o encerramento dos edifícios que ficam sob essa gestão”, garantiu o governante.

O critério para as fusões, diz Jorge Carvalho, “é aquele em que o número de alunos comece a ser impeditivo de formação de turmas que possam corresponder aos números ideais no processo de ensino e aprendizagem”.

O governante diz ainda que “não haverá transferência forçada de alunos” e que as fusões das escolas levam a que “um conjunto de créditos deixem de ser consumidos nos actos de gestão e passem a estar disponíveis para o ensino”.

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