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CDS-PP revela pouca surpresa pelo impasse na entrega do OE2021

Os centristas referem que “não é a primeira, segunda ou terceira vez” a quem assistem a “estes momentos da “geringonça”, lembrando que foi o PS e o governo quem escolheu negociar o documento à esquerda, num caminho bem diferente do que defendem os centristas.
  • Mário Cruz/Lusa
12 Outubro 2020, 16h43

A deputada centrista Cecília Meireles manifestou a tristeza do CDS-PP pelo impasse de última hora que antecede a entrega do projeto de lei do Orçamento do Estado para 2021 na Assembleia, mas garante que já não se surpreende com as “encenações” da “geringonça”.

“Estamos a falar de partidos que estão à  mesa a negociar desde julho e que, aparentemente, no dia da entrega terão percebido que não se conseguem entender”, afirmou a deputada centrista, que lembrou que a escolha de negociar com “as esquerdas radicais”, referindo-se a BE e PCP, foi do Governo, apesar do Orçamento Retificativo ter sido aprovado com o apoio do PSD.

“No último Orçamento Retificativo, que foi aqui aprovado há uns meses, muitas das coisas que ali estavam foram aprovadas com o voto do PSD, e, a seguir a isso, o governo decidiu dizer que não queria negociar com o PSD, mas sim com o BE, PAN, PEV, PCP. Escolheu esse caminho, de se aliar às esquerdas mais radicais, portanto, se agora se encontram num impasse e sujeitam o país a assistir a este espetáculo, a responsabilidade é muito sua”, argumenta Cecília Meireles.

Para o CDS-PP, o caminho escolhido pelo executivo de António Costa peca pela falta de reconhecimento da importância das empresas na manutenção da economia nacional.

“O PS, BE e PCP parecem oscilar no grau em que acham que empresas e trabalhadores são inimigos. A nossa visão não é essa, mas sim a de que se as empresas sobreviverem isso permite manter postos de trabalho”, defende a deputada, para quem a proibição dos despedimentos não é compatível com uma crise da envergadura da que se vive atualmente.

“Se as empresas fecharem, as pessoas perdem os postos de trabalho. Empresas e trabalhadores percebem isto, só é pena que alguns partidos não”, concluiu.

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