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CDS-PP sobrevive à crise financeira e aos novos partidos?

Por incrível que pareça, 2020 reserva duas boas notícias para o partido mais penalizado nas legislativas, tendo ficado com menos de um terço dos mandatos e visto Assunção Cristas antecipar-se à contestação
30 Dezembro 2019, 08h00

Por incrível que pareça, 2020 reserva duas boas notícias para o partido mais penalizado nas legislativas, tendo ficado com menos de um terço dos mandatos e visto Assunção Cristas antecipar-se à contestação. São, contudo, notícias pouco entusiasmantes, até porque a primeira é que o ano que se avizinha não reserva qualquer desafio eleitoral além das regionais dos Açores, onde o ponto de partida não é brilhante, pois os quatro deputados centristas em nada beliscam a maioria absoluta do PS.

Melhor, ou pelo menos mais clarificadora, é a segunda notícia: do 28.º Congresso, que se realiza a 25 e 26 de janeiro emAveiro, sairá um novo líder que poderá distanciar-se do passado recente. E o facto de terem aparecido cinco candidatos quando o CDS-PP atravessa uma situação financeira complicada, marcada por dívidas e despedimentos, e está reduzido a cinco deputados, qual “partido do táxi” que Manuel Monteiro (e Paulo Portas) encontraram em 1992, é um sinal de que existe um caminho (estreito) para o regresso à relevância.

Mas se a sobrevivência está garantida no imediato, não será indiferente a escolha dos militantes, pois a relativa continuidade protagonizada por João Almeida, a alteração de rumo via Filipe Lobo d’Ávila, Abel Matos Santos ou Carlos Meira, e a viragem à direita proposta pelo presidente da Juventude Popular, Francisco Rodrigues dos Santos, traduzir-se-ão em abordagens díspares numa luta para manter e reconquistar eleitores que já não passa só pelo PSD, abrangendo adversários tão ideologicamente diversos quanto o Chega e o Iniciativa Liberal. Nunca o CDS-PP esteve tão ameaçado desde os tempos do PREC.

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