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Cellnex mantém prejuízos, mas receitas crescem 41%

Grupo explica resultado líquido negativo pelas amortizações e custos financeiros da expansão de operações lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) fixou-se em 381 milhões de euros, o que representa um crescimento de 47% face ao período homólogo de 2020.
  • Nuno Carvalhosa, administrador-delegado da Cellnex Portugal
7 Maio 2021, 11h10

A Cellnex Telecom anunciou esta sexta-feira um crescimento homólogo de 41% das receitas, para 506 milhões de euros, no primeiro trimestre de 2021. Ainda assim, o grupo continua a gerar prejuízos, apresentando um resultado líquido negativo de 43 milhões, devido a mortizações e custos financeiros associados ao “intenso processo de aquisições e o consequente alargamento territorial das suas operações”.

Em comunicado, o operador grossista de telecomunicações salientou que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) fixou-se em 381 milhões de euros, o que representa um crescimento de 47% face ao período homólogo de 2020, “após consolidar as aquisições de ativos realizadas em 2020 e no início e 2021”. O fluxo de caixa livre e recorrente cresceu 42%, para 180 milhões.

Os serviços de infraestruturas para operadores de telecomunicações móveis representam 84% das receitas, contribuindo com 426 milhões de euros. O contributo desta área nas receitas do grupo cresceu 56% em relação a 2020.

O grupo que está presente em Portugal desde o início de 2020 fez saber também que, no final do primeiro trimestre, “74% das receitas e 81% do EBITDA foram gerados fora do mercado espanhol”, destacando-se Itália como o mercado mais importante depois de Espanha.

Entre janeiro e março, o investimento da Cellnex foi de 2.200 milhões de euros. O investimento realizado no primeiro trimestre está associado “à geração de novas receitas”, através da incorporação de novos ativos e por via da integração e implementação de novas infraestruturas, bem como pelas “melhorias na eficiência e manutenção da capacidade instalada”.

Sobre o investimento, refira-se que em Portugal a Cellnex avançou para a compra de mais 65 torres de telecomunicações ainda no primeiro trimestre. Aguarda decisão da Autoridade da Concorrência.

O grupo salienta, ainda, que as vendas futuras contratadas (backlog) ascende a 110 mil milhões de euros.

A dívida líquida da Cellnex era de 8.806 milhões de euros (incluindo passivos por arrendamentos), a 31 de março, valor que compara com os 6.500 milhões de dívida no fecho de 2020.

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