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Centeno avisa: Colocar em causa os compromissos sobre o Novo Banco seria muito “prejudicial”

O governador do Banco de Portugal advertiu que “todas as decisões que coloquem em causa a estabilidade do sistema financeiro são de evitar”, salientando que quando o Estado “assume compromissos assume com múltiplas partes” é “expectável” que cumpra.
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    José Sena Goulão/Lusa
6 Outubro 2020, 12h26

O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, alertou que Portugal assumiu compromissos com o Novo Banco que não devem ser postos em causa, a fim de evitar impactos negativos na estabilidade financeira do país. Numa altura em que o financiamento para a instituição liderada por António Ramalho é cavalo de batalha nas negociações do Orçamento do Estado para 2021, o ex-ministro das Finanças realçou que “existem sempre alternativas, sé temos de as valorar”.

“Não queremos voltar a viver períodos dessa natureza, com essas condições”, disse Mário Centeno, na sessão de perguntas e respostas da apresentação do Boletim Económico de outubro, esta terça-feira, ao lado do vice-governador Luís Máximo dos Santos e do diretor do Departamento de Estudos Económicos, Nuno Alves, no Museu do Dinheiro, em Lisboa, em alusão aos riscos que as negociações do OE2021 podem ter para a estabilidade financeira do país.

O governador do BdP realçou que “todas as decisões que coloquem em causa a estabilidade do sistema financeiro são de evitar”, salientando que “as múltiplas decisões que no contexto orçamental tem impacto nesta vertente devem ser acauteladas”.

Recordou que quando o Estado “assume compromissos assume com múltiplas partes” é “expectável” que as cumpra, salientando que o Novo Banco é um desses compromissos.

“Todas as decisões que coloquem em causa esse cumprimento e dimensões de estabilidade são de evitar”, vincou mais uma vez, salientando “temos sempre de olhar para qual é a alternativa a essa tomada de decisão. Existem sempre alternativas, só temos de as valorar”.

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