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Centeno garante que “não está a negociar injeção extraordinária” de capital no Novo Banco

Ministro das Finanças assegurou esta segunda-feira que “não há negociação, não há proposta”, negando as notícias de que o Governo estaria a estudar uma injeção única de capital no Novo Banco no valor de 1,4 mil milhões de euros.
  • Mário Centeno
27 Janeiro 2020, 10h43

O ministro das Finanças negou categoricamente estar a negociar uma injeção única de capital no Novo Banco para este ano. Numa audição na Comissão de Orçamento e Finanças, no Parlamento, Mário Centeno assegurou que esse cenário “está longe de acontecer”.

“Quero assegurar que o Governo não está a negociar uma injeção extraordinária daquelas que têm vindo a lume na imprensa, não há negociação, não há proposta”, afirmou esta segunda-feira, depois de questionado pela deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua e pelo deputado do PCP Duarte Alves sobre as verbas previstas para o Novo Banco este ano.

O jornal Público noticiou, a 17 de janeiro, que o Governo estaria a preparar uma injeção final de 1,4 mil milhões de euros a ser realizada pelo Fundo de Resolução, num cenário que estaria a ser estudado em conjunto com o acionista do banco. O Ministério das Finanças negou, em comunicado, essa possibilidade  e assegurou não estar prevista no Orçamento do Estado para 2020 uma verba com esse montante para o Novo Banco. “O Governo não tem nenhuma proposta para análise relativa à “estratégia de limpeza dos créditos problemáticos do banco””, assegurou, na altura.

No entanto, segundo o jornal Público, a 22 de janeiro, as Finanças terá respondido ao matutino que “não comenta” o documento de trabalho, mas não o negou.

Esta segunda-feira, o ministro das Finanças assegurou que a injeção extraordinária de capital no banco liderado por António Ramalho “está longe de isso acontecer”, assegurando que “se acontecer têm que vir a esta Assembleia. É o compromisso que fica”.

O ministro das Finanças reconheceu que as “injeções de capital devem preocupar-nos a todos”, realçando que o “quadro de venda do Novo Banco em 2017 foi claro e difícil. Foi sujeito a enorme escuritinio nesta Assembleia”, tendo sido desenhado num processo que “não teve paralelo na Europa”.

“O Fundo de Resolução não é o Governo, é quem assume responsabilidades sobre injeções de capital”, disse. “Esta conta, das responsabilidades orçamentais, não influencia a trajetória orçametal que estabelecemos para o país”, assegurou.

(Atualizado às 10h56)

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