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Centeno: Programa de reembolsos ao FMI “não é para concluir até ao final da legislatura”

Dívida Pública é uma preocupação do ministro das Finanças. Pressão adicional nos mercados, que o pagamento do programa de reembolsos ao FMI antes dos 30 meses que o Governo solicitou, poderia provocar leva Centeno a falar em “cautela”.
  • Cristina Bernardo
29 Maio 2017, 15h41

A conclusão do programa de reembolsos ao FMI antes do final da legislatura poderia colocar pressão adicional no mercado e poderá não ser concluído até lá. As declarações do ministro das Finanças, Mário Centeno, alertam para a necessidade de fazer uma gestão do pagamento dos empréstimos à instituição financeira, em consonância com a gestão da dívida pública portuguesa.

Questionado sobre a possibilidade do Estado pagar a totalidade dos 26 mil milhões de euros acrescido de juros de empréstimo do FMI ainda durante esta legislatura, o ministro salienta que “o prazo que estamos a solicitar é de 30 meses”, em entrevista à Antena 1, esta manhã.

Mário Centeno justifica que este é “financeiramente o prazo adequado porque não queremos causar pressão, adicionar no financiamento da dívida em Portugal”, acrescentando que “a partir deste momento aquilo que formos buscar ao mercado em termos de instrumentos de dívida já é para fazer face à dívida de 2018. Já não é para fazer face à dívida de 2017”.

O ministro explicou, deste modo, que os 30 meses se estendem além da legislatura e que “é um programa que terá que ser implementado com cautela sem pôr mais pressão adicional no mercado e portanto se calhar não é para concluir até ao final da legislatura”.

O agravamento dos custos da dívida foi, assim, apontado pelo responsável pelas finanças portuguesas como um dos fatores a ter em atenção. Apontou, no entanto, que “a amortização do empréstimo ao FMI fará algo adicional: permitirá alisar o perfil da dívida, da amortização da dívida ao longo dos próximos anos, que é um atarefa essencial neste momento”.

Sublinhando a redução dos pontos altos de reembolsos nos próximos anos, justificou que “boa parte dessa tarefa é feita com a amortização ao FMI”.

Reduzir os pontos altos de reembolsos nos próximos anos. e boa parte dessa tarefa é feita com a amortização ao FMI.

 

 

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