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Centros comerciais pressionam Governo para a reabertura total das lojas a 18 de maio

Para António Sampaio de Mattos, presidente da APCC, “os centros comerciais, responsáveis por mais de 100 mil postos de trabalho em Portugal, podem dar um contributo fundamental para a retoma da economia, pelo que é essencial o seu regresso ao normal funcionamento o mais brevemente possível”.
13 Maio 2020, 15h48

A APCC, associação que representa a maioria dos centros comerciais que operam em Portugal, garante que está preparada para a reabertura total das lojas a partir de 18 de maio, defendendo a equiparação com o restante comércio, do segmento não alimentar e da restauração.

“A Associação Portuguesa de Centros Comerciais – APCC, enquanto interlocutor deste sector em Portugal, defende que as regras que o Governo definiu para a reabertura do comércio – nomeadamente o comércio não alimentar e a restauração – devem aplicar-se também a todos os lojistas dos centros comerciais já a 18 de Maio, tal como aconteceu na fase 1 do plano de desconfinamento”, defende um comunicado desta associação.

Para António Sampaio de Mattos, presidente da APCC, “os centros comerciais, responsáveis por mais de 100 mil postos de trabalho em Portugal, podem dar um contributo fundamental para a retoma da economia, pelo que é essencial o seu regresso ao normal funcionamento o mais brevemente possível”.

“É importante que o Governo tenha em conta que as actividades que se mantêm impedidas de funcionar, nomeadamente as actividades do sector não alimentar e restauração para consumo de refeições no interior dos centros comerciais, são responsáveis por uma percentagem significativa das lojas dos centros comerciais e, por isso, têm um peso determinante na retoma da economia. Ora, sendo estes espaços supervisionados em permanência por equipas especializadas para garantir o cumprimento das normas de segurança, higienização, controlo da lotação e distanciamento social, consideramos que existe fundamento para os lojistas serem autorizados a abrir também quando as mesmas actividades fora dos centros comerciais vão retomar o seu funcionamento, já no início da próxima semana”, advoga este responsável.

De acordo com o referido comunicado, “a APCC recorda que, mesmo durante o estado de emergência, os centros comerciais se mantiveram em funcionamento para garantir às populações o abastecimento de bens de primeira necessidade e os serviços considerados essenciais pelo Governo, e continuam a fazê-lo também nesta primeira fase de retoma das actividades económicas”.

Para além das medidas regulamentares e recomendatórias, a APCC recorda que elaborou um guia de boas-práticas para a operação em centros comerciais, que entregou à Direção-Geral da Saúde e ao Governo, e colocou disponível ‘online’.

“Este documento será atualizado sempre que se justifique e servirá de ‘check-list’ aos gestores dos centros, apoiando-os no enquadramento dessas medidas nos seus planos de operação”, garante a APCC.

Para António Sampaio de Mattos, “é importante os cidadãos terem confiança e tranquilidade absolutas no uso dos espaços, com a certeza de que são cumpridas todas as regras de segurança sanitária decorrentes da lei, as recomendações da Direção-Geral da Saúde e as melhores práticas promovidas pela indústria dos centros comerciais a nível global”.

“A indústria dos centros comerciais cumpre com os mais elevados padrões de segurança sanitária, que, a par da segurança contra incêndios em edifícios (‘Safety’), da segurança de pessoas e bens (‘Security’), e da segurança alimentar dos espaços de restauração (certificação HACCP), constituem os pilares da operação diária de um centro comercial”, relembra a APCC.

Atualmente, a APCC conta com 94 conjuntos comerciais, com uma área bruta locável total acumulada de 3,3 milhões de metros quadrados, representando mais de 90% da área bruta locável total existente em Portugal.

A APCC é membro do ICSC – International Council of Shopping Centers, uma organização mundial sediada em Nova Iorque que agrega 70.000 profissionais do sector nos cinco continentes e membro fundador do ECSP – European Council of Shopping Places, estrutura sedeada em Bruxelas, que agrega todas as associações congéneres europeias do sector do retalho imobiliário.

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