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CEO da Optimize: “Não é só quantidade, falta qualidade nas nossas poupanças”

As poupanças dos portugueses não são investidas de forma produtiva, o que penaliza a economia e aumenta o empobrecimento, explica o gestor.
13 Junho 2018, 07h00

Portugal tem um problema de quantidade de poupança, uma característica da economia que é amplamente conhecida. Diogo Santos Teixeira, CEO da Optimize, alerta, contundo, que esse não é o único – existe também um problema de qualidade.

“Temos uma característica ímpar em relação a outros mercados que é o peso dos depósitos e dos depósitos a prazo. Nos outros países, há um peso elevado de poupanças garantidas, mas sob a forma de seguros de vida ou de PPR garantidos”, refere, adiantando que esses produtos podem ser parcialmente investidos pelas seguradoras ou pelas gestoras em empresas, via ações ou obrigações, para financiar a economia. Os depósitos servem essencialmente para financiar crédito, principalmente hipotecário e ao consumo.

“A poupança investida em depósitos, pelas regras de investimento que os bancos têm, pode ser transformada em crédito ou investida de forma extremamente segura, nomeadamente em dívida pública, seja portuguesa ou de outros Estados. Os bancos estão relativamente limitados do uso produtivo que podem fazer dessa poupança”,  explica o CEO. “Há uma primeira consequência de perda de controlo dos portugueses sobre a sua economia e a segunda é o empobrecimento, a prazo, de uma parte significativa da população que vai ter reformas muito inferiores aos valores que considera necessários para viver confortavelmente”.

Artigo publicado na edição semanal do Jornal Económico. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor.

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